Galvão Bueno segue a todo vapor e lança novo projeto

Galvão Bueno lançou seu documentário na noite desta segunda-feira (15), na Zona Sul do Rio de Janeiro. Em entrevista à imprensa, o narrador destacou que não é bonzinho 24 horas, mas também não é nenhum monstro. Além disso, revelou que visitou os estádios do treta e do pentacampeonato da seleção brasileira, mas preferiu não ir ao Tamburello, curva do acidente fatal de Ayrton Senna, em 1994, porque quer lembrar do piloto como “o irmão mais novo” e “uma história de momentos especiais”.

A série documental sobre Galvão Bueno, lançada pelo Globoplay, é dividida em 5 episódios. O primeiro, que conta um pouco mais sobre a infância do narrador, foi divulgada na noite da última segunda-feira, no Rio. O evento contou com muitos convidados ligados à Rede Globo e ao esporte brasileiro.

Galvão contou que visitou vários locais que ficaram eternizados por ser palco de momentos marcantes com suas narrações, que de uma forma ou de outra, ficaram na memória do telespectador brasileiro. Os estádios que ele narrou o tetracampeonato da seleção, em 1994, e o pentacampeonato, em 2002, foram visitados para a gravação do documentário. No entanto, não quis visitar o local do acidente fatal de Ayrton Senna, durante uma corrida de Fórmula 1, e justificou sua decisão.

“O que eu fiz [no documentário] eu sei. Não sei o que as pessoas falaram de mim. Fui em Los Angeles, sede da primeira Olimpíada que transmiti, em 84. No estádio do tetra, do penta… Estive em Suzuka [circuito de Fórmula 1 do Japão]. O filme vem à cabeça. Essas coisas foram muito bacanas. Não quis ir à Tamburello, preferi lembrar de Senna como irmão mais novo, um amigo querido e uma história de momentos especiais”, disse.

Galvão Bueno mereceu ganhar um documentário?

Galvão Bueno foi questionado se sua trajetória realmente mereceu ganhar um documentário, o narrador respondeu que na ótica da TV Globo e da plataforma de streaming, Globoplay, sua história valia a pena ser mostrada.

“Eu não sei se eu mereço. Eu nem sei se minha vida merece. As pessoas entenderam assim. Eu digo que, para mim, isso foi uma coisa fantástica. A Globo, enquanto minha casa, minha família profissional, ela tem entendido… A Globo e a Globoplay, que valia a pena fazer um documentário sobre a minha vida e sobre o meu trabalho. Eu te confesso que não sei se fiz por valer a pena. Vamos ver o que eles fizeram. Eu não posso te responder porque eu, realmente, não sei se vale a pena a minha história ou se eu construí alguma coisa que possa valer a pena isso que nós estamos fazendo aqui hoje”, respondeu o profissional.

Galvão Bueno falou ainda das mudanças da comunicação ao longo dos seus 50 anos de carreira, e das surpresas que viveu ao longo de sua trajetória e que perduram até as suas novas aventuras profissionais. E não deixou de mencionar que sempre foi polêmico.

“Sempre fui polêmico. Mas eu digo que sou um vendedor de emoções. Ao mesmo tempo, digo que sou um equilibrista. Eu ando no fio da navalha o tempo inteiro: de um lado as emoções, que eu tento vender, e do outro a realidade dos fatos. Na medida do possível, tento não mudar a realidade dos fatos. A ideia sempre foi essa”, pontuou.

Galvão foi questionado ainda se a gente irá se acostumar a ver jogos da seleção brasileira sem sua voz na TV aberta, e o narrador respondeu que o “livro está aberto e novas páginas virão por aí”, porém, fez uma ressalva: “Mas narrar na TV aberta só se eu for muito cara de pau, porque eu falei que já tinha acabado (risos).”.