O Mubadala, fundo de investimento dos Emirados Árabes, fez uma nova oferta pela Liga Brasileira de Futebol (Libra). O fundo remodelou sua proposta e tornou-a mais lucrativa para os clubes.
Durante reunião na última sexta-feira (26), dirigentes dos clubes aprovaram os termos do acordo e estão fazendo pequenos ajustes contratuais.
Detalhes da proposta
Interessado em se tornar sócio da liga de futebol do Brasil, o Mubadala refez sua proposta de compra. O fundo mantém os R$ 4,75 bilhões para que, pelo menos, 34 clubes firmem o acordo (cenário ideal para os investidores).
A novidade está no cenário parcial, que vai pagar R$ 4 bilhões no caso de 18 a 33 clubes assinarem o contrato. Ou seja, se pelo menos 18 equipes aceitaram a oferta, o valor a ser repassado será de R$ 4 bilhões, mais o que seria pago para os rivais.
Porém, existe uma condição para que o cenário parcial seja confirmado. O fundo quer que, no mínimo, sete dos dez clubes com maiores valores previstos aceitem o acordo. Os dez clubes são:
— Flamengo
— Cruzeiro
— Grêmio
— Santos
— Vasco
— Botafogo
— Bahia
Além disso, o fundo árabe vai depositar R$ 3 milhões na conta de cada clube que assinar a proposta, como gesto de “boa vontade”. A quantia será repassada em até 30 dias após a assinatura do contrato.
A proposta do Mubadala é muito superior aos valores oferecidos pelo fundo norte-americano Serengeti, que pretende comprar parte da Forte Futebol (outra liga do futebol brasileiro).
A Serengeti está disposta a pagar R$ 4,85 bilhões para que 36 ou mais clubes assinem o contrato. Porém, no cenário parcial, se o número de equipes que aderirem ficar entre 22 e 35 o valor garantido cai para R$ 2,2 bilhões.
Os dirigentes dos clubes envolvidos nos dois “blocos comerciais” acreditam que a melhor solução para o futebol brasileiro é a união dos 40 clubes das séries A e B em uma única liga. Mas divergências entre os modelos de negócios causam um leilão de lances encabeçado por fundos de investimentos bilionários.