A Arábia Saudita foi protagonista da janela de transferências do futebol internacional. Com investimento direto do governo do país, clubes conseguiram trazer nomes como Neymar, Benzema, Kante e, antes disso, Cristiano Ronaldo.
O grande financiador desses investimentos é a Casa de Saud, nome dado à família real da Arábia Saudita — os monarcas mais ricos do mundo.
Família real saudita
A Casa de Saud está no governo da Arábia desde 1774 e tem sua riqueza proveniente das reservas de petróleo do país. De acordo com estimativa da consultoria Brand Finance, a fortuna está avaliada em 1,4 trilhão de dólares (algo em torno de R$ 6,85 trilhões).
Esse valor supera o PIB de vários países da Europa, como Holanda e Bélgica. Quem está à frente do governo é o príncipe Mohammed bin Salman, que assumiu o cargo de chefe de estado há sete anos mesmo com rei Salman bin Abdulaziz Al Saud ainda estando vivo.
Bin Salman é apaixonado por esportes e passou a investir principalmente em futebol e golf. Por meio do fundo soberano da Arábia Saudita, em 2020, ele comprou o Newcastle, clube que atualmente disputa a Premier League.
A partir de 2023, o príncipe teve como foco o investimento no futebol saudita. O objetivo é utilizar o esporte para modificar a visão do mundo sobre o país, como uma ferramenta geopolítica.
Além disso, o governo tem a intenção de lançar uma candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2030. Para isso, passou a financiar diretamente os quatro clubes mais populares do país: Al-Hilal, Al-Nassr, Al-Ittihad e Al-Ahli.
Por meio desse plano, foi possível viabilizar as contratações de nomes como Neymar (Al-Hilal), Benzema (Al-Ittihad) e Cristiano Ronaldo (Al-Nassr), que se tornaram os jogadores de futebol mais bem pagos do mundo após se transferirem para a Arábia Saudita.