Após entrar com ação na Justiça para romper contrato com Corinthians, o atacante Júnior Moraes consegue liminar e não é mais jogador do Timão. O vínculo do jogador, de 36 anos, ia até o fim do ano, mas foi rescindido por decisão judicial na última terça-feira (6). O time paulista pode recorrer da decisão.
O juiz Victor Goes de Araújo Cohim Silva, da 43ª Vara do Trabalho de São Paulo, foi o responsável por acatar o pedido do jogador em romper com o Corinthians.
“A relação entre as partes se encontra insustentável”. “a quebra de contrato neste momento em nada prejudica clube e jogador, ao contrário, os efeitos são positivos para ambas as partes, que deixam de ter obrigações cotidianas”, disse o juiz.
Para acatar o pedido do jogador, o juiz citou a entrevista do gerente de futebol do Corinthians, Alessandro Nunes. O dirigente disse no último sábado (3), que o Moraes é um mentiroso e pediu desculpas aos corintianos pela contratação do jogador. Além disso, as ofensas feitas pelo jogador nas redes sociais foram usadas pelo magistrado para argumentar que há risco contra o jogador.
“É possível constatar o desgaste entre jogador e torcida, pelos comentários postados em diversos portais de notícias e redes sociais, o que pode representar risco à integridade física e à saúde mental do reclamante (Júnior Moraes) – é notório que torcedores de futebol, por vezes, agem de forma imprevisível e imprudente”, explicou.
A defesa de Júnior Moraes destacou que pedirá indenizações por danos morais por conta das declarações de Alessandro.
Pedido de demissão
Junior Moraes entrou com ação na Justiça pedindo o desligamento do Corinthians na última quinta-feira (1). O jogador alegou ter valores a receber do clube correspondentes a 11 meses de direitos de imagem e todos os depósitos de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que estariam em atraso. O montante cobrado é de R$ 3,8 milhões.
“O pedido de rescisão antecipada foi realizado com base no artigo 31 da Lei Pelé, pelo atraso no pagamento de direito de imagem e FGTS. Com as declarações do preposto do clube (Alessandro Nunes, gerente de futebol), ofendendo a honra e a imagem do jogador, o convívio no ambiente de trabalho se tornou insustentável, sendo inevitável a rescisão antecipada do contrato de trabalho”, disse Leonardo Laporta Costa, advogado do jogador.