Em uma movimentação surpreendente, o Clube de Regatas do Flamengo anunciou o encerramento de suas categorias de base no futebol feminino. Esta decisão afetou diretamente as equipes sub-15 e sub-17, mantendo apenas a categoria sub-20 intacta. Essa atitude gerou um grande descontentamento entre os familiares das jogadoras, que foram pegos de surpresa pelo anúncio repentino.
O clube, que tem mostrado uma receita imponente, ultrapassando a marca de um bilhão de reais em 2024, tomou essa decisão mesmo com um contexto nacional favorável ao fomento do futebol feminino. Este ano, o Brasil foi escolhido como sede da próxima Copa do Mundo Feminina, o que aumenta a relevância do suporte à categoria.
Qual o impacto da decisão do Flamengo para o futebol feminino?
A extinção das categorias sub-15 e sub-17 do Flamengo não é um fato isolado, mas sim parte de um contexto maior relacionado ao desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. Mantendo apenas o sub-20, muitas jovens atletas perderão a oportunidade de treinar e competir em alto nível, o que poderia potencializar o crescimento individual e coletivo das jogadoras.
Familiares das jogadoras expressaram forte insatisfação com a decisão do clube. O pai de uma atleta, que já está há cerca de dez anos nas categorias de base do Flamengo, classificou a medida como uma “covardia” com as atletas. Segundo ele, em um ano tão crucial para o futebol feminino no país, era esperado mais apoio e investimento, e não o fechamento de categorias que formam a base do esporte feminino nacional.
A decisão do Flamengo levanta importantes questionamentos sobre o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil, justamente em um momento de visibilidade crescente para a modalidade. Os próximos passos do clube podem ser decisivos para definir suas verdadeiras intenções e compromisso com o esporte feminino no país.