O Flamengo talvez tenha sido o primeiro clube do futebol brasileiro a, de fato, profissionalizar a gestão do futebol, de modo a arrecadar mais, gastante e desperdiçando menos dinheiro, o que eliminaria as eternas e gigantescas dívidas, possibilitando maior investindo no carro chefe do clube: o futebol e os títulos. Tem dado certo. Mas agora o rubro-negro estuda dar mais um passo, que é o de seguir o caminho de Cruzeiro, Botafogo, Vasco e Bahia e se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Os conselheiros do Flamengo se reuniram nesta segunda-feira (13), na sede da Gávea, para uma palestra que tratou do tema “SAF”. O evento foi organizado pelos Conselhos de Administração e Deliberativo do clube, e foi ministrado pelo senador Carlos Portinho (PL/RJ), relator da Lei da SAF e advogado especializado em direito esportivo.
“A SAF é uma grande transformação do futebol brasileiro. Estarei no Flamengo tratando o tema. A SAF é facultativa. Não necessariamente é para o Flamengo ou para já, mas, também é importância do clube compreender o rumo do mercado e os seus adversários SAF”, publicou o senador.
Além de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, Antonio Alcides, presidente do Conselho Deliberativo, organiza a série de palestras sobre o tema que estão sendo realizadas para os conselheiros do Fla.
“Hoje, Seguindo com o ciclo de palestras sobre SAF’s, os conselhos de Administração e Deliberativo organizaram conjuntamente, para os conselheiros do clube, palestra com o Senador Portinho, relator da lei das SAF’s. Na pauta, balanço deste primeiro ano e o que podemos esperar para o futuro”, publicou Luiz Eduardo Baptista, presidente do Conselho de Administração, em seu Twitter.
Presidente do Flamengo não descarta a SAF no clube
Em entrevista dada para a TV Brasil, em janeiro, o presidente Rodolfo Landim avaliou a possibilidade do Flamengo adotar o modelo de negócio.
“Entendo que é a percepção majoritária entre os sócios do Flamengo. Esse modelo de SAF em que você tem um sócio controlador não cabe no Flamengo. Mas o fato de você ter uma Sociedade Anônima de Futebol e ter um investidor colocando dinheiro no clube não vejo problema para o Flamengo”, afirmou o mandatário, que cumpre o segundo mandato até dezembro de 2024.
“Desde que o Flamengo continue tendo o controle de seu próprio futebol, não vejo problema. Você pode fazer uma sociedade, deixando que tenha investidores que coloquem recursos no futebol. Mas para isso, você tem que estabelecer regras de governança que não sejam ruins, que possam ajudar o Flamengo em médio a longo prazo”, finalizou.