Uma mudança significativa ocorreu no Brasileirão 2023 após a Copa do Catar. Nos 30 jogos disputados até o momento, houve um aumento considerável no tempo de acréscimo, totalizando 6 horas, 46 minutos e 30 segundos – uma média de 13 minutos e 33 segundos por partida. É uma péssima notícia para os times, que já possuem um calendário pesado.
Isso representa um aumento de 56% em relação às edições anteriores, de 2019 a 2022, quando o tempo médio de acréscimo foi de 8 minutos e 40 segundos, desde o início da utilização dos cartões para as comissões técnicas. Esses 13 minutos e 33 segundos por jogo, multiplicados por 38 rodadas, representam praticamente seis partidas a mais para Flamengo, Corinthians, Vasco e demais times.
Se considerarmos apenas o acréscimo do primeiro tempo, a escalada nos minutos adicionais é ainda mais significativa, com um aumento de 81%. De acordo com o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, não há um limite estabelecido para o tempo de acréscimo em uma partida, já que isso depende das situações de jogo que ocorrem durante o jogo.
“Um exemplo: digamos que num primeiro tempo saíram quatro gols. Quatro gols em um tempo de jogo esses acréscimos nos gols eles têm que ser somados. Agora, se eu tenho um jogo que não tem necessidade de acréscimos, eu não tenho que dar acréscimos. Esse bom senso dentro de situações que ocorram é o que vai nortear o árbitro pros acréscimos”, afirmou.