Renato Marsiglia, ex-árbitro e comentarista, revelou detalhes de uma pesquisa em andamento na FIFA que busca modificar a regra do impedimento, com o objetivo de tornar sua aplicação mais favorável ao uso do VAR.
Esse estudo está sendo conduzido por Arsene Wenger, ex-técnico do Arsenal, e encontra-se atualmente em fase de testes. A proposta central de Wenger é que não seja considerado impedimento se um jogador estiver tocando em qualquer parte do corpo do adversário.
Isso representaria uma mudança significativa em relação ao conceito atual, que considera impedimento quando qualquer parte do jogador estiver à frente do defensor.
Marsiglia enfatiza que essa alteração poderia resultar na validação de uma grande maioria dos gols que atualmente são anulados por impedimento. Além disso, simplificaria o trabalho do VAR, eliminando a necessidade de traçar duas linhas e tornando o processo de análise mais rápido e com margens de erro reduzidas.
Ele ressalta que essa mudança proposta por Wenger solucionaria a maioria das situações de impedimento sem gerar debates, tornando a decisão mais simples e eficaz, já que envolveria apenas uma linha de referência.
“O que ele está lutando já há uns dois, três anos e que começaram os testes nas categorias de base da Itália e da Suécia. Não vai ser impedimento se o jogador tiver uma parte do seu corpo tocando no corpo do adversário. Segundo o que o Arsene Wenger está lutando, não seria mais impedimento uma perna do jogador na mesma linha de um defensor, inverte o conceito atual”, afirma Renato.
Marsiglia destaca que seu problema com o VAR não está relacionado ao impedimento ou à tecnologia em si, mas sim à possibilidade de o VAR interferir em aspectos que não deveriam ser objeto de intervenção, algo que a Premier League já evita. Em resumo, essa proposta simplificaria a análise do impedimento e reduziria a interferência no jogo.
“Nessa mudança que o Arsene Wenger quer, em 99% dos lances acaba com a discussão. Quando houver a discussão, é muito mais fácil de resolver porque é uma linha só, não precisa traçar duas. Ou seja, quase zera a discussão do impedimento”, completou.