Chefe da máfia das apostas responsável pelo aliciamento de jogadores nos escândalos de manipulações de resultados em jogos do futebol brasileiro, Bruno Lopes disse em vídeo veiculado no programa Fantástico, da TV Globo, o quanto gastou com os esquemas. As investigações que integram o operação “Penalidade Máxima”, foi deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), e as suspeitas são uma verdadeira dor de cabeça à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que busca medidas coercitivas para evitar maiores danos aos seus torneios.
Segundo o MP-GO, o esquema organizado pela quadrilha de Bruno Lopes, o BL, aliciou diversos jogadores da Série A e B do Campeonato Brasileiro, e alguns nomes de suspeitos foram divulgados pelo Globo Esporte.
Em vídeo divulgado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, BL admite o quanto teria gasto com o aliciamento de jogadores para participar de esquema de manipulação de resultados e ter ganhos com apostas.
“Se juntar tudo dá uns R$ 400 mil”, disse Bruno Lopes, responsável por pagar jogadores para tomar cartão amarelo ou vermelho nos jogos, além de outras medidas que acabavam por influenciar o resultado final das partidas.
Promotor do MP-GO, Fernando Cesconetto falou sobre o lucro que a máfia das apostas recebia com as manipulações. E, segundo ele, a quantia beirou a R$ 1 milhão em apenas uma rodada.
“Nós temos elementos aqui que, em apenas uma rodada, o lucro que os apostadores tiveram foi de R$ 700 mil”, revelou o promotor.
Jogadores suspeitos de se aliarem com máfia das apostas em jogos da Série A e B do Brasileirão:
Vale lembrar que a operação não divulga os nomes dos jogadores que estão sendo investigados, mas, segundo o “GE”, os zagueiros Victor Ramos, da Chapecoense, Kevin Lomónaco, do Bragantino, Paulo Miranda, ex-Juventude, e Eduardo Bauermann, do Santos, os laterais-esquerdos Igor Cariús, do Sport, e Moraes, ex-Juventude e hoje no Atlético-GO, e o meia Gabriel Tota, ex-Juventude e atualmente no Ypiranga-RS, foram alvos na fase anterior da operação.
Enquanto no estágio atual da Operação Penalidade Máxima II, foram adicionados novos nomes de suspeitos: os volantes Fernando Neto, ex-Operário-PR e hoje no São Bernardo, e Nikolas, do Novo Hamburgo-RS, e do atacante Jarro Pedroso, do Inter-SM.
Além dos nomes já citados, na última quinta-feira (11) veio à tona a informação de que o ex-atacante do Palmeiras, Romário Hugo dos Santos, o Romarinho, é um dos membros participantes da máfia das apostas. Segundo a Operação Penalidade Máxima II, o ex-jogador é acusado “dar vantagem patrimonial indevida com o fim de alterar o resultado” das partidas da Série A e B do Brasileirão.
Romarinho pertenceu a base do Palmeiras entre as temporadas 2009 e 2013, e depois acumulou passagens por Atibaia, Atlético Sorocaba, Ypiranga, Passo Fundo, Guaratinguetá e Ponte Preta. E o último registro de Romarinho como jogador é em 2019, pela equipe de Campinas.