Fernando Diniz recebeu ligação de Ednaldo Rodrigues e martelo foi batido sobre treinar a Seleção
Fernando Diniz é um nome que ressoa no futebol brasileiro, conhecido por sua abordagem única e corajosa no campo. Desde os tempos em que comandava o modesto Audax, Diniz já chamava atenção com seu estilo de jogo baseado em passes curtos e controle de bola, algo que muitos consideravam ousado em um ambiente tradicionalmente avesso a riscos. Essa filosofia de jogo, que já lhe rendeu tanto elogios quanto críticas, continua a ser um ponto de discussão entre torcedores e especialistas.
Em 2016, Diniz levou o Audax ao vice-campeonato paulista, consolidando sua reputação como um técnico inovador. Sua carreira desde então tem sido marcada por altos e baixos, incluindo a conquista da inédita Conmebol Libertadores pelo Fluminense.
Em entrevista ao programa “Abre Aspas”, do portal ge, Diniz revelou diversas curiosidades sobre sua carreira. Ele vê o futebol como um jogo de equipe, onde todos devem contribuir tanto ofensiva quanto defensivamente. Essa abordagem holística é parte do que torna seu estilo de jogo tão distinto.
Em 2023, Diniz enfrentou um desafio único ao comandar simultaneamente o Fluminense e a Seleção Brasileira. Essa situação foi resultado de uma transição na Seleção, enquanto a CBF aguardava a chegada de Carlo Ancelotti. Apesar do sucesso no clube, com a conquista da Libertadores, o desempenho na Seleção foi menos consistente, resultando em sua demissão.
Diniz reconhece que o trabalho duplo prejudicou a Seleção, pois ele não conseguiu dedicar tempo suficiente para estreitar relações com os jogadores europeus. No entanto, ele acredita que o desempenho em campo foi melhor do que os resultados sugerem, destacando a importância de construir um time coeso e disciplinado.
Fernando Diniz revelou ter sido demitido da Seleção por telefone
Durante a entrevista, o ex-treinador da Seleção Brasileira revelou ter sido demitido através de uma ligação. “Foi. Primeiro o presidente Ednaldo procurou o Mário e depois me procurou, por telefone. A maneira do desligamento não foi a melhor. Com certeza não foi a melhor. Eu acho que tinha que ter uma conversa e é direito total do presidente de mudar, a responsabilidade é dele, mas o desligamento poderia ter sido feito de outra forma”, revelou o treinador.
O treinador também revelou que não tinha muitas conversas com o mandatário da Seleção. “Não foram muitas conversas. A gente conversava mais, obviamente, no período da minha contratação, e nas concentrações da Seleção. Eu também estava no Fluminense, não tinha muito espaço para conversar. A gente não conversou muitas vezes, mas nunca tive problema em conversar com ele”, disse Diniz.