Após 81 dias, a Justiça homologou a recuperação judicial do Paraná Clube nesta sexta-feira (1). A decisão foi tomada pela juíza Mariana Gusso, da 1ª Vara de Falências de Curitiba.
Com isso, o Tricolor da Vila Capanema tem caminho aberto para vender a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube.
Recuperação judicial do Paraná
A homologação era o último passo da recuperação judicial após o Ministério Público do Paraná ter dado parecer favorável nesta semana. O Paraná divulgou uma nota informando sobre o processo:
“O Paraná Clube informa que o plano de Recuperação Judicial, aprovado em Assembleia de Credores no dia 12 de junho, foi homologado pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba nesta quinta-feira (31) e publicado nesta sexta-feira (01).
Desde a aprovação do plano na Assembleia de Credores na data acima citada, o Paraná Clube não mediu esforços para apresentar toda a documentação necessária e exigida pela 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de Curitiba para que houvesse a homologação do plano de Recuperação Judicial”.
Agora, a diretoria do Tricolor busca investidores para comprar a SAF. Os dirigentes já têm conversas com quatro empresas e a ideia é conseguir investimento de R$ 100 milhões, além da empresa assumir as dívidas do clube.
Segundo o balanço financeiro do clube de 2022, a dívida chegou a R$ 156,3 milhões. Entretanto, com a aprovação da recuperação judicial, o valor teve uma grande queda por abarcar as áreas trabalhistas e cível.
Contando com a recuperação, o valor caiu para R$ 60 milhões, além de R$ 8,9 milhões da esfera fiscal. Desde a aprovação da recuperação judicial em assembleia, a demora para homologação do pedido fez subir o número de credores.
O clube passou de 428 para 453, o que ocasionou o aumento da dívida — que foi diminuída após a recuperação. Ao todo, o Tricolor possui 392 dívidas trabalhistas, 52 em quirografários e nove entre Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP).