Neste domingo (19), Javier Milei foi eleito como o novo presidente da Argentina. Antes de entrar no mundo político, Milei foi goleiro nas categorias de base do Club Atlético Chacarita Juniors. Atualmente, o Chacarita disputa a segunda divisão do Campeonato Argentino.
Na equipe, Milei integrou apenas as categorias sub-13. “Atirava-se em todas as bolas. Era um maluco debaixo das traves. Podia dar certo ou errado, mas, sinceramente, não me lembro de ter falhado ou de termos perdido um jogo por causa dele. Quando jogava, ele ia bem”, contou Eduardo Perico Pérez, companheiro de equipe de Milei na época.
A jornada de Milei como futebolista se desdobrou ao longo dos anos 1980, porém, não teve êxito. Contudo, à medida que ganhou mais visibilidade na política, Javier Milei proferiu comentários sobre futebol, expressou críticas a Maradona e, de certa forma, se distanciou do Boca Juniors.
Torcedor do time xeneize desde a infância, Milei teve um episódio bastante inusitado com o Boca. Em uma entrevista concedida ao jornal espanhol El País, Milei compartilhou sua experiência de distanciamento gradual do clube.
De acordo com Milei, seu descontentamento começou em 2013, quando o clube xeneize contratou Riquelme. Cinco anos depois, durante a final da Libertadores em que o Boca perdeu para o River Plate, Milei confessou ter torcido contra sua própria equipe.
“Eu estava assistindo ao jogo e quando Gago entrou, claramente um ato de populismo, torci para o River. Não quero torcer para um time que toma decisões populistas. Já basta viver em um país populista. Para mim, foi um péssimo jogador, uma das maiores mentiras do futebol argentino. Assim, me tornei anti-Boca”, contou.