Ex-funcionários da comissão de arbitragem estão processando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e cobram R$ 766 mil da entidade. O motivo da ação se deve ao futebol dos profissionais terem sido contratados sem carteira de trabalho ou qualquer contrato de prestação de serviços. A informação é do “UOL Esporte”.
Os nomes que estão por trás da denúncia são Almir Mello, ex-analista de desempenho da arbitragem, Nilson Monção, Carlos Vinicius Cerdeira e Manoel Serapião, que trabalharam na comissão de arbitragem da CBF.
Todos acabaram desligados na última grande reformulação da entidade em 2022, quando Wilson Seneme assumiu o comando da comissão.
O primeiro a ser ouvido pela Justiça do Trabalho foi Almir. No último dia 20 de abril, ele cobrou o valor citado acima, que engloba direitos trabalhistas e outras situações.
Já pelo lado da CBF, Giuliano Bozzano, gerente técnico da arbitragem, foi quem esteve na audiência para defender os interesses da entidade. Ele admitiu que não havia CLT e nem qualquer vínculo empregatício ao funcionário.
“Eu recebi a proposta de emprego para ser analista de desempenho da comissão de arbitragem. Saí de São Paulo para morar aqui no Rio. A CBF pagava o salário, mas nunca registrou a gente. Tinha plano de saúde, mas não tinha registro. Estamos discutindo na Justiça tudo o que tem de direito por ter trabalhado e não ser registrado, não ter fundo de garantia, demissão sem aviso prévio“, revelou Almir em entrevista ao “UOL Esporte”.
“Não tinha contrato. A gente recebia, mas não era apresentado nada para nós. Na ótica deles, não tinha vínculo. Eles pagavam a gente como se fôssemos autônomos, mas sem contrato, nem nada“, completou.
Por fim, a CBF decidiu não propor um acordo com Almir Mello. A entidade máxima do futebol brasileiro também afirmou que não vai se manifestar sobre o caso, apenas nos autos. Já Nilson Monção, Cerdeira e Manoel Serapião serão ouvidos nos próximos meses.