Julio Baptista, o antigo futebolista brasileiro, foi destituído do comando do Real Valladolid B, equipe filial do Real Valladolid, na última quarta-feira após aproximadamente dois anos e meio. A demissão veio em meio a uma temporada difícil, na qual a equipe se encontra na zona de rebaixamento. Caberá ao distinto clube espanhol encontrar rápida substituição para Baptista a fim de evitar maiores consequências.
Melhores dias parecem ter ficado para trás. Antigo astro do futebol nacional e internacional, Baptista tinha a missão de conduzir uma equipe jovem e inexperiente à estabilidade no campeonato e à evolução dos seus jogadores enquanto jovens promessas do futebol espanhol. Porém, após algumas declarações fortes no último domingo, questionando a gestão do clube em relação aos jogadores da base, a situação tornou-se insustentável.
Quais seriam as razões para a saída de Baptista?
Segundo fontes próximas ao ex-técnico, o descontentamento de Baptista vinha de longa data. Mesmo antes da renovação do seu contrato, havia insatisfação com o novo modelo de trabalho implementado pelo clube, impulsionado por Paulo Pezzolano. Esse modelo, que envolveu a integração dos jogadores da base nas sessões de treinamento da equipe principal, acabou repercutindo negativamente no desenvolvimento do Valladolid B.
Essa nova dinâmica gerava regularmente situações em que o time de Baptista era relegado a um papel passivo, complementando o trabalho da equipe principal ao invés de aperfeiçoar seus próprios processos. Além disso, durante a pré-temporada, Baptista sofreu com a desorganização do clube, que atrasou a formação do elenco devido à necessidade de venda de alguns atletas.
Por que o desempenho da equipe caiu?
Baptista argumentou várias vezes durante suas coletivas de imprensa que, apesar de todas as dificuldades, a equipe do Valladolid B estava em uma competição profissional e as demandas do primeiro time não podiam sobrepujar as necessidades do time filial. Devido a esses fatores, o Valladolid B iniciou a temporada de maneira incerta, resultando na atual situação de rebaixamento.
Após a saída de jogadores importantes para outros clubes e com a falta de investimentos em posições chave, o desempenho da equipe legendou. O ponto crítico foi quando Baptista denunciou ter que treinar os jovens taticamente com um iPad antes dos jogos, evidenciando a alta rotatividade na escalação da equipe e a falta de minutos de competição dos atletas.
Essa serie de eventos culminaram na saída de Julio Baptista, marcando o fim de uma era de conturbações no Valladolid. Agora, o futuro do clube e dos jogadores fica em aberto, aguardando as decisões que serão tomadas pela diretoria com relação ao comando técnico.