Nos últimos meses, nos últimos anos, os torcedores do futebol brasileiro se depararam com graves lesões no joelho, de importantes jogadores de equipes espalhadas pelo mundo. Em julho, Dudu, do Palmeiras, rompeu o ligamento cruzado anterior e menisco, enquanto em outubro, Neymar sofreu contusão semelhante durante o duelo entre Brasil e Uruguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
No entanto, as lesões com rupturas de ligamentos, meniscos e problemas nas cartilagens, já aposentaram inúmeros craques do futebol brasileiro, como Reinaldo (Atlético-MG), Zico (Flamengo) e Garrincha. Graças à evolução da medicina, novas tecnologias e tratamentos, atletas que enfrentam problemas parecidos ainda costumam ter um desfecho mais longo na carreira.
“As inovações dos tratamentos e as novas intervenções nos permitiram sermos menos invasivos na abordagem das lesões, o que possibilita uma melhor recuperação. Foram surgindo técnicas de reparação meniscal, da cartilagem, avanços nas cirurgias de reconstrução de ligamentos, tudo voltado cada vez mais para a melhora da parte biológica, tentando preservar ao máximo as estruturas da articulação”, disse o ortopedista Marcos Cortelazo, especialista em cirurgia de joelho, à ‘UOL’.
Especialista explica motivações para lesões como a de Neymar
Vale ressaltar que as equipes também demonstram um cuidado maior sobre os casos de lesão, evitando especialmente, definir um prazo para o retorno dos jogadores. É necessário que a recuperação caminhe por um período maior, para reduzir o risco de antecipar um retorno aos gramados e provocar uma lesão ainda pior. O atleta precisa estar 100% para estar em campo.
“Por ser bastante exigido, o joelho é uma das áreas que mais sofrem com lesões, além, claro, de outros fatores que podem comprometer seu bom funcionamento, como sobrepeso, histórico genético e a idade”, completa Cortelazo. Ainda nesta semana, Rodrigo Nestor, importante nome do São Paulo, contou com uma ruptura do ligamento colateral do joelho esquerdo, apontando mais um caso.