O famoso ‘Caso Negreira’ presenciou mais um episódio ontem, na acusação de que o Barcelona estaria envolvido em atos de suborno, mudando completamente a dinâmica do caso. Isso implicaria que o ex-vice-presidente da CTA estaria realizando funções públicas, levantando novas implicações judiciais para todos os participantes desta trama.
Analisando esta nova fase do caso, temos Jorge Vaquero, ex-advogado jurídico da Federação Espanhola de Futebol e da FIFA e atual diretor do V Sports Legal Firm. Vaquero traz luz às novas dúvidas jurídicas que este caso suscita.
Quais as implicações para o Barcelona nesta acusação de suborno?
Segundo Vaquero, a acusação de suborno envolve entender que o Barcelona supostamente subornou Negreira para interferir nos árbitros para conseguir julgamentos favoráveis de pessoas de confiança. Isso indica uma evolução na linha de investigação direcionada pelo juiz, que começou com alegações de compra de árbitros e segue em constante atualização.
De acordo com a lei penal local, o suborno é classificado como crime cometido por quem solicita, aceita ou oferece dinheiro, presentes ou favores em troca de um ato relacionado ao exercício da função pública. Dependendo do caso, as penalidades variam e podem incluir prisões de três a seis anos, multas e suspensão do direito ao voto.
Existe uma diferença significativa entre a primeira acusação de corrupção esportiva e essa recente acusação de suborno?
Vaquero explica que embora existam diferenças entre as duas acusações, elas estão inteiramente relacionadas. No entanto, um crime pode servir como meio para a ocorrência de outro, resultando em um ‘concurso de delitos’, como é o caso do ‘Caso Negreira’.
Os próximos capítulos deste caso continuarão sendo revelados nos tribunais. O que é certo é que todos os envolvidos no ‘Caso Negreira’ enfrentarão implicações jurídicas significativas, com resultados potencialmente variando de multas pesadas até tempo de prisão.