Empresário diz que craque do italiano se deu mal por não ser do Brasil

Kvicha Kvaratskhelia, de apenas 21 anos, é a grande sensação do futebol europeu nesta temporada. Considerado uma das peças-chave do Napoli, da Itália, que segue invicto no Campeonato Italiano e na Champions League, o jovem já marcou oito gols e deu oito assistências em 16 jogos pela equipe.

Vindo do modesto Dinamo Batumi, da Geórgia, o jogador já era observado anteriormente por grandes do futebol europeu, como Tottenham e Juventus, Kvaratskhelia acabou contratado pelo Napoli por 10 milhões de euros no início da temporada. Mas segundo acredita o empresário do jogador, Christian Emile, alguns clubes que manifestaram interesse na contratação do atleta tinham receio de investir no jogador nascido na Geórgia.

“Eu acho que geralmente os grandes clubes europeus não procuram comprar jogadores na liga da Rússia. Eles procuram jogadores na Europa ou na América do Sul. Eles não querem comprar jogadores que não tenham “garantia” de resultado imediato. Todos os clubes citados (Tottenham e Juventus) tiveram interesse no Kvaratskhelia anteriormente”

Agente de Kvaratskhelia, sensação do italiano, acredita que ele ainda não está em um gigante europeu porque “não vem do Brasil”

Mas “Kvara”, como é conhecido, há anos vem subindo degraus em sua carreira, sempre tentando afastar esse receio de alguns clubes europeus. Primeiro ele deixou a Geórgia para jogar na Rússia, onde representou primeiro o Lokomotiv Moscou e depois o Rubin Kazan, por três temporadas.

Por conta da guerra da Rússia com a Ucrânia, o jogador optou por retornar ao seu país, movimento que aconteceu com muitos atletas brasileiros que atuavam nos dois países envolvidos no conflito. O Rubin Kazan pedia o dobro do valor pago pelo Napoli.

“Era muito frustrante. Todos esses clubes viram a qualidade dele. Mas existia uma diferença entre ver a qualidade e investir o dinheiro. O Rubin Kazan pedia 20 milhões de euros por um jovem que vinha jogando bem há três anos. Eles não tinham segurança de pagar este valor por um jogador que vem de um país pequeno. Ele não vem do Brasil”

Christian Emile, empresário do jogador