A Xland, empresa acusada de golpe por Gustavo Scarpa, tentou declarar a juíza Olívia Maria Alves Ribeiro como suspeita para o julgamento na Justiça. A magistrada não gostou nada da atitude e detonou a empresa.
De acordo com informações do “UOL Esporte”, a Xland tentou tirar a juíza do caso após uma decisão em que consta “não obstante a robusta prova já constante dos autos”. A empresa entende que a expressão não condiz com a verdade, já que o Ministério Público ainda não produziu provas do caso.
Para a Xland, o MP abriu o caso sem nenhum tipo de prova e deu “como se o processo já estivesse ganho e aniquilado”. A empresa também alega que, no mesmo documento da decisão, a juíza se manifestou sobre a “robustez de provas”, sendo que “não há provas nos autos”.
Dessa forma, a Xland entende que a magistrada violou a imparcialidade do Tribunal e pediu para que ela fosse declarada suspeita de julgar o caso.
Olívia Maria Alves Ribeiro respondeu então que os argumentos por parte da empresa se baseiam em “fantasiosas ilações”, como também pontuou diversos itens no código civil e afirmou que a acusação por parte da Xland não se baseia em nenhum deles.
Na sequência, a magistrada também mostrou vários significados da palavra “robusto” e explicou que, no texto, a palavra se refere a quantidade (em números) de documentos anexados ao processo. Esse número ultrapassa 600.
Por fim, o MP pede que a Xland tenha sua pessoa jurídica extinta por “atividade nociva aos interesses dos consumidores e ilícita”. Além disso, também quer que a empresa faça reparações de acordo com o caso de cada cliente. O valor ainda não foi definido.
Em seu lado, a empresa entende que a denúncia movida pelo MP “está repleta de erros fáticos, impropriedades técnicas absurdas, carente de qualquer verossimilhança ou provas que corroborem com os pedidos formulados”, com “erros gravíssimos e insanáveis no que diz respeito à causa de pedir”.