A situação financeira do Vasco gerou preocupações externas após o clube não conseguir pagar a dívida com o volante Andrey Santos. Mas será que o clube está sem dinheiro mesmo após a venda da SAF a 777Partners?
Vale lembrar que as prioridades após receber o primeiro aporte da empresa foram os salários e a parcela do RCE (Regime Centralizado de Execuções), com isso outras pendencias tiveram que ficar para trás.
Clubes como Atlético Tucumán, da Argentina, e Nacional, do Uruguai, ameaçam acionar a Fifa contra o Cruzmaltino para cobrar valores referentes as negociações de Capasso e Pumita, respectivamente.
A situação é preocupante também para a SAF, ou seja, a 777 Partners, que pode perder credibilidade se não conseguir regularizar os débitos.
A empresa pretende injetar R$ 700 milhões nos cofres do Vasco até 2025. Dessa quantia, R$ 120 mi foram investidos em setembro do ano passado. O balanço aponta que 32% foram para custos operacionais e o resto para sanar dívidas.
Antes mesmo de fechar a SAF a 777 já havia repassado, de antemão, R$ 70 milhões, onde boa parte foram para encargos salariais e o restante também para se livrar de algumas pendências.
Toda essa situação não significa, necessariamente, que o Vasco está quebrado ou sem dinheiro. O clube diz que as dificuldades se dão pelo fluxo de caixa, que tem visto muito mais dinheiro sair do que entrar.
Com baixa receita, altas despesas e a ajuda da 777 Partners indo basicamente apenas para credores o clube vê dificuldade em outras áreas.
Mesmo assim o Vasco conseguiu fazer grandes investimentos nessa temporada. Isso se deve a negociações com valores parcelados. Ao total, foram R$ 110 milhões para contratações.
Por fim, a 777Partners pretende aportar mais R$ 120 milhões neste ano. Para o ano que vem, serão R$ 270 mi e o último, em 2025, de R$ 120 milhões, totalizando os R$ 700 mi prometidos no início do acordo.