Em tempos de grandes transformações no cenário do futebol mundial, o nome Neymar tornou-se ainda mais relevante e controverso. A recente troca do Barcelona pelo Paris Saint-Germain (PSG) levantou uma série de debates e polêmicas, entre elas a notícia persistente de que o fisco teria perdoado uma dívida do jogador de aproximadamente 200 milhões de reais.
Mas o que existe de verdade nessa história? De acordo com os dados disponíveis, a Receita Federal processou Neymar, junto a outros 229 jogadores de futebol, por contas complicadas com seus recebimentos. Eles receberiam 20% do salário como pessoa física e 80% como pessoa jurídica, prática legal que contudo levanta alguns questionamentos éticos.
Os rumores referentes ao perdão da dívida de Neymar surgiram quando a Receita Federal, investigando o caso, imputou ao jogador uma multa de 150% sobre o valor “sonegado”, o que resultou no valor exorbitante de 188 milhões de reais.
O que aconteceu na prática?
Os advogados do jogador, no entanto, provaram que Neymar trabalhava como pessoa jurídica em pleno acordo com a lei, fazendo com que a Receita revisse o caso e reduzisse a dívida para apenas 8 milhões de reais, um valor consideravelmente menor.
Então, na prática, a realidade é que não houve o “perdão” de uma dívida, mas sim uma revisão baseada na constatação de que Neymar estava agindo em conformidade com a lei ao receber como pessoa jurídica. Neymar e sua equipe aceitaram o novo valor proposto para evitar danos à imagem do jogador.
Compreender essa sequência de eventos nos ajuda a entender que há situações mais urgentes e impactantes no universo das finanças e impostos no Brasil. Como, por exemplo, a negociação de dívidas de grandes produtores rurais em torno de 10 bilhões de reais com a Previdência desde 2009, um assunto que obviamente merece mais atenção e discussão.