Em outubro passado o mundo presenciou uma das piores tragédias da história do futebol. Após um grande tumulto, 135 pessoas morreram em um estádio de Malang, na Indonésia. E nesta quinta-feira (9), um tribunal do país decretou penas de prisão contra o organizador e o chefe de segurança da partida de futebol que terminou em tragédia.
O tumulto se intensificou depois que a polícia usou gás lacrimogêneo contra as arquibancadas lotadas para conter uma tentativa de invasão do gramado. Centenas de pessoas correram para os corredores de saída estreitos, o que provocou um grande tumulto, que terminou com a morte por esmagamento ou asfixia de 135 torcedores.
As punições aos culpados pela tragédia
Abdul Haris, o organizador do jogo, foi considerado culpado por negligência e condenado a 18 meses de prisão, muito abaixo dos seis anos e oito meses solicitados pela Promotoria do caso.
“Condeno o acusado a um ano e meio de prisão”, anunciou o juiz Abu Achmad Sidqi Amsya, presidente do tribunal da cidade de Surabaya, na primeira sentença da justiça indonésia sobre a tragédia.
Os juízes também condenaram a um ano de prisão, por negligência, o chefe de segurança Suko Sutrisno. Os dois homens podem apresentar recursos contra as penas. Três policiais também foram acusados pela tragédia e aguardam a sentença.
O ex-diretor da empresa que administra o campeonato da primeira divisão da Indonésia também é suspeito e alvo de investigação policial. A partida de 1º de outubro foi um confronto entre os rivais Arema FC e Persebaya Surabaya, com a vitória do Surabaya por 3 a 2.