Em uma trajetória marcada por altos investimentos e grandes conquistas, o Palmeiras trabalha intensamente para quitar sua dívida com a Crefisa até o final de 2024. Nos últimos meses, o clube devolveu cerca de R$ 2 milhões, deixando sua obrigação financeira quase totalmente resolvida no passivo não circulante e com resto a pagar no circulante.
A dívida, contraída entre 2015 e 2018, inclui contratações importantes, como as de Luan, Guerra, Carlos Eduardo, Dudu e Borja. Desde então, o Palmeiras se comprometeu a devolver os valores investidos pela patrocinadora, acrescidos da taxa de juros CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Como a Dívida Impacta o Palmeiras?
O acordo inicial determinava que, se algum dos atletas contratados com o dinheiro da Crefisa fosse vendido, o Palmeiras deveria devolver o valor investido com juros. Caso contrário, o clube teria dois anos para quitar a dívida. Além disso, o Palmeiras utilizou os bônus provenientes de conquistas de títulos para reduzir o débito.
Os títulos conquistados em 2022 e 2023, assim como o Campeonato Paulista de 2024, foram essenciais para abater a dívida. O prêmio do Paulistão, por exemplo, foi de R$ 4 milhões, enquanto a conquista do Campeonato Brasileiro rendeu outros R$ 12 milhões. Desde que a dívida atingiu seu pico de R$ 172,1 milhões em 2019, o clube não utilizou mais os aportes da Crefisa para contratações.
O Futuro do Patrocínio com a Crefisa
Com o contrato de patrocínio com a Crefisa e Faculdade das Américas se encerrando em dezembro de 2024, há uma avaliação em curso sobre possíveis novas parcerias. A presidente Leila Pereira declarou que as ofertas dos concorrentes serão analisadas pelo Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), composto majoritariamente por conselheiros da situação.
Atualmente, o contrato com a Crefisa rende ao Palmeiras R$ 81 milhões por temporada, cifra que pode chegar a R$ 120 milhões dependendo dos bônus. Desde 2019, os valores permaneceram os mesmos, mesmo com a renovação do contrato em 2021.
Controvérsias e Oposição
Parte da torcida questiona os valores do contrato, especialmente quando comparados aos acordos recentes de clubes rivais. A diretoria, por sua vez, evita detalhar números, preferindo aguardar para ver se a camisa do Palmeiras pode atrair propostas mais valiosas. Em 2023, o clube recebeu R$ 83,9 milhões com o patrocínio máster, conforme o balanço financeiro.
Desde 2015, Crefisa e FAM patrocinam o Palmeiras. O posicionamento de Leila Pereira como presidente do clube e dona das empresas patrocinadoras gerou críticas de alguns opositores, que apontam conflito de interesses.
Leila, candidata à reeleição, aventou que poderia ser benéfico para o clube firmar contrato com uma nova marca. Com o futuro do patrocínio ainda em aberto, o Palmeiras busca equilibrar suas finanças e potencializar seus recursos, enquanto continua sua busca por títulos e estabilidade financeira.