O atacante Jô ficou de fora do duelo diante do Inter nesta quarta-feira (26), em razão de uma dívida do Corinthians com o Nagoya Grampus, do Japão.
A FIFA acatou o pedido do clube japonês e impôs um transfer ban, que impede que o Timão registre novos reforços. O clube paulista, no entanto, afirma que já realizou o pagamento da dívida no valor de US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões na atual cotação).
De acordo com informações do “ge”, o Corinthians já havia sido punido na Corte Arbitral do Esporte (CAS) em novembro de 2020, quando Jô chegou ao Parque São Joge. O atacante, no entanto, ainda tinha contrato com o Nagoya e foi aí que começou a polêmica.
Os japoneses afirmam que o jogador abandonou o clube enquanto possuía vínculo e, dessa forma, suspendeu seu salário e entrou com uma ação na FIFA exigindo pagamentos do seu contrato, que era válido até dezembro de 2021.
“O treinador do Nagoya entendeu que o Jô tinha que ficar no Japão, mesmo com o clube fora para pré-temporada. Só que os fisioterapeutas e médicos viajaram com o time, estavam fora do país. O Jô entendeu que não iria se recuperar bem, precisava de uma fisioterapia que fizesse efeito e veio ao Brasil se tratar no Flamengo. Ele custeou a viagem para ter um tratamento melhor“, explicou o advogado Breno Tannuri, em entrevista ao “ge”.
O centroavante até voltou para o Japão, mas ficou de fora das duas partidas iniciais da temporada. Pouco tempo depois, o campeonato foi paralisado pelo avanço da pandemia de COVID-19.
“Ele tinha que receber entre o final de abril e o começo de maio um bônus de 1 milhão de dólares, previsto em contrato. O que acontece é que, quando ele fala para o tradutor, numa quinta à noite, que voltaria ao Japão na segunda-feira, os diretores mandam uma notificação para o Jô no dia 2 de maio falando que o contrato estava rescindido. Se ele volta para o Japão, o Nagoya teria que pagar os salários e essas luvas de 1 milhão de dólares“, afirmou Tannuri.
“Ele deixou os filhos no Brasil com os avós. Só que começou um “zum-zum-zum” de que os estrangeiros não poderiam sair do Japão. Quando falaram que seria fechada a fronteira, o Jô disse: “Eu preciso voltar”. Isso foi em abril. Então, eles voltaram ao Rio de Janeiro“, finalizou.
Por fim, a FIFA entende que o Timão tem que arcar com o valor da quebra de contrato entre o atacante e o Nagoya Gampus. Vale lembrar que o atacante deixou o clube paulista após um problema disciplinar em junho deste ano.