Cleber Machado trabalhou por décadas como narrador de futebol da Globo, fazendo principalmente jogos dos times paulistas. Ele foi demitido no começo de 2023 e em entrevista ao Canal do Cosme Rímoli, trouxe detalhes sobre a saída da emissora. Com a aposentadoria de Galvão Bueno, o locutor imaginava que seria o substituto, ao lado de Luis Roberto.
“Se você perguntar para mim o que achou que ia acontecer, vou te dizer: na hora que o Galvão parar, eles vão fazer o que sempre fizeram depois dessa mudança de divisão. Quando o Galvão não fazia, eu fazia, mas o Galvão quase sempre fazia. Quando teve a pandemia e juntavam duas datas, era um jogo eu e um jogo o Luis Roberto”, comentou.
A divisão citada por Cleber é referente às transmissões com Luis Roberto, nos últimos anos os dois vinham revezando em corridas de Fórmula 1 e anteriormente em eventos do UFC, por exemplo. O narrador foi o número 2 por muitos anos, mas recentemente passou a dividir esse posto com o colega que trabalhava no Rio de Janeiro.
“Depois que o Galvão parasse, se eles falassem que eu ia fazer uma final e o Luis Roberto outra, eu estava no melhor dos mundos, mas eu comecei a perceber que não ia rolar. Quando teve o Mundial do Palmeiras eu ia, mas aí a Globo não comprou e a Bandeirantes comprou. Eles já tinham me ligado e falando que eu ia viajar. No ano seguinte, o Flamengo no Mundial, normal ir o Luis, então me escalaram para a Supercopa do Brasil”, contou.
Cleber Machado perguntou se ia ser demitido
Depois de ficar fora da viagem para a Copa do Mundo de 2022 e receber uma bronca em um Corinthians x Flamengo, além da divisão com Luis Roberto, ele percebeu que a batata estava assando. Cleber ganhava cerca de R$ 250 mi por mês na Globo e aceitaria baixar, mas como era contratado via CLT, a lei não permite redução, pelo menos foi o que lhe disseram.
“Quando morreu o Pelé, falaram que eu ia fazer toda a cobertura e eu de fato fiz. Quando acabaram esses dois eventos, me disseram que não tinha nada de errado. Claro que eu perguntei se iam mandar embora, eles falaram ‘claro que não, claro que não’. O tempo passou, uns dois meses, e o que me disseram é que houve uma readequação da empresa”, lembrou o narrador.