A duelo Criciúma x Sport foi marcado não apenas pela derrota da equipe de Recife pela Série B, mas também por conta de caso de xenofobia, segundo os pernambucanos. A equipe nordestina alega que ouviu insultos xenófobos vindos dos torcedores catarinenses que estavam atrás do banco de reservas. O Rubro-Negro relata que comunicou o delegado da partida e vice de competições, e que prepara documentação para a denúncia à CBF.
A denúncia ainda não foi detalhada oficialmente e, além disso, o incidente não consta na súmula do jogo. No entanto, membros da delegação do Sport presentes no estádio Heriberto Hülse, local da partida, relatam que a torcida dizia “Brasil é Sul”, “Vocês são lixo” e “Vão embora”.
A equipe pernambucana registrou as imagens do ocorrido para tentar identificar o rosto de cada um dos envolvidos. Além de comunicar o delegado da partida, Guilherme dos Santos Gomes.
Vale destacar que o crime de xenofobia está previsto no artigo 20 da Lei 7.716/89 – a Lei de Combate ao Racismo. E a condenação inclui reclusão de um a três anos e multa. Além disso, a punição pode chegar de dois a cinco anos e multa, caso o crime for cometido em redes sociais.
Posicionamento do Sport
Após o jogo, o diretor Augusto Carreras falou, em entrevista, sobre a documentação que apresentará à CBF.
“O Sport tem imagens claras disso e vai comunicar a CBF e deixar que a CBF tome as providências que são necessárias para coibir esse tipo de comportamento”, disse. “A gente vai apresentar depois à CBF os vídeos, mas são muito claras com relação à xenofobia”, prosseguiu.
O dirigente do Sport repudiou o ocorrido, e destacou que, com a pressão no exterior para a criação de medidas que evitem casos de xenofobia e racismo, esse tipo de atitude é não dá exemplo.
“Sei que não é uma posição do povo de Criciúma, que sempre nos recebe muito bem aqui, mas a gente não pode deixar de registrar que alguns torcedores ainda se comportam dessa forma. Com preconceito, preconceito de região, que a gente conhece no código penal como xenofobia. Esses pequenos casos tem que ser coibidos para não virarem no futuro grandes casos”, completou.