Em coletiva após a derrota do Fluminense por 1 a 0 para o The Strongest, na altitude boliviana, pela Copa Libertadores da América, o técnico Fernando Diniz falou sobre a atuação da equipe, como também criticou a condição do nível do mar.
“Jogar nesse tipo de altitude é sempre uma coisa quase criminosa. Ninguém está preparado para isso. Os times estão no nível do mar e quando você vem pra cá, é outro esporte. Por isso que os times daqui, em casa, fazem o tanto de pontos que eles fazem historicamente“, começa Diniz.
“O River veio jogar aqui na estreia, com o time titular, tomou três e poderia ter tomado mais porque é muito diferente o jogo. E não é só o desgaste físico, o jogo muda completamente. Todo mundo erra passe que não erra no nível do mar. Cai, de maneira drástica, a qualidade do jogo“, completa.
O comandante seguiu sua resposta criticando a altitude, que ultrapassa os 3 mil metros acima do nível do mar. Diniz aponta a desigualdade que é atuar lá, como também afirmou que “os clubes só vão jogar lá porque é obrigado”.
“Jogar nesse tipo de altitude tem que ficar registrado que o princípio da igualdade ele fica maculo, porque não é igual. É muito desigual jogar aqui. Para todo mundo. Não sei qual é a medida… mas não dá para jogar aqui“, aponta o treinador, que completa:
“As pessoas vêm porque é obrigado a vir jogar. Mas não é uma coisa aceitável jogar acima de 3 mil metros. Quando bate 2.600 m já muda bastante, mas acima de 3 mil é muito pior“, finalizou.
O treinador do Fluminense optou por poupar uma série de jogadores em função da maratona que terá pela sequência. Apesar do revés, a equipe lidera o grupo D da Libertadores com nove pontos, três a mais do que o próprio The Strongest, que vem logo atrás.