Dedé pode enfim ter seu futuro definido

Ele já foi considerado o melhor zagueiro do Brasil, por vezes foi convocado para a seleção brasileira, chegou a ser especulado em grandes clubes europeus, era temido pelos atacantes, chamado de “mito” pelos torcedores e perigoso no jogo aéreo ofensivo. Passada cerca de uma década desse período de auge, o zagueiro Dedé, de 34 anos, cogita a aposentadoria do futebol após (mais) dez meses sem atuar.

Dedé, que brilhou com as camisas de Vasco e Cruzeiro, chegou a recebeu convites para atuar em 2023, mas não se empolgou e ainda avalia se vai jogar até o fim do ano: “Estou pensativo e, em breve, vou decidir se me aposento ou se jogo mais uma temporada”, revelou o zagueiro, que sofreu com inúmeras lesões graves durante a carreira.

A decisão sobre a continuidade nos gramados deve ser tomada até o fim dos campeonatos estaduais. Dedé, inclusive, recusou proposta para jogar o Campeonato Carioca pelo Volta Redonda, clube que o revelou em 2008.

A aposentadoria é encarada com naturalidade pelo jogador, que já iniciou a transição para a vida pós-futebol. Dedé é dono de um restaurante com lago de pesca esportiva em Pinheiral, no interior Estado do Rio de Janeiro. Um negócio que envolve toda a família no trabalho e mostra um lado empresarial desconhecido pelo torcedor.

“Se optar por encerrar, terei uma transição de pós-carreira tranquila em termos financeiros, contei com a ajuda da Angel Sports [empresa especializada em assessoria em câmbio e planejamento financeiro] durante toda a minha trajetória”, disse Dedé.

Enquanto não define seu futuro, o jogador vem cuidando da forma física entre treinos particulares e atividades no CT do Voltaço. A rotina do zagueiro é essa desde que rescindiu contrato com o Athletico Paranaense, em agosto do ano passado.

A carreira do “mito” Dedé

Revelado pelo Volta Redonda, Dedé despontou no futebol brasileiro pelo Vasco. Chamado de “mito” pelos torcedores, o zagueiro foi um dos destaques do elenco campeão da Copa do Brasil em 2011. Foi com a camisa vascaína que recebeu a primeira convocação para a seleção brasileira.

Na sequência da carreira, acertou com o Cruzeiro e enfileirou títulos nacionais, bicampeão do Brasileiro e da Copa do Brasil. Por outro lado, foi na equipe mineira que o jogador começou a conviver com lesões gravíssimas. Depois da saída conturbada do Cruzeiro, o jogador teve passagens apagadas pela Ponte Preta e Athletico Paranaense.