Daniel Alves não para de se contradizer ao mudar sua versão de novo

A cada dia está mais complicada a situação do brasileiro Daniel Alves, preso em Barcelona, na Espanha, por suspeita de agressão sexual contra uma mulher no final do ano passado. O jogador, que fez parte do grupo da seleção brasileira na Copa do Mundo Catar 2022, mudou sua versão sobre os acontecimentos pela terceira vez, segundo informações do jornal colombiano ‘El Tiempo’.

Segundo a publicação, o jornalista Carlos Quilez revelou nesta quarta-feira (8) que o atleta admitiu pela primeira vez que houve penetração vaginal – algo que havia sido negado em declarações anteriores. Agora, a investigação busca determinar se o caso foi consensual ou não. Um relatório elaborado pelo Hospital Clínico de Barcelona e divulgado pelo portal Informalia também confirmou que houve penetração vaginal.

“O relatório de lesões elaborado pelo Hospital Clínico de Barcelona, especializado em agressões sexuais, verifica a penetração vaginal e certifica a existência de hematomas, arranhões e mordidas no corpo da jovem, somados ao estado de nervosismo e ansiedade que ela apresentava após seu encontro com Alves”, diz o documento.

Também nesta quarta-feira (8), a defesa de Daniel Alves apresentou oficialmente o recurso que pede a liberdade provisória do brasileiro. De acordo com o jornal espanhol Sport, o advogado do jogador, Cristóbal Martell, listou várias medidas que poderiam ser seguidas por Daniel Alves para assegurar que ele não sairá da Espanha.

Relembre o caso Daniel Alves

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao dar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A magistrada argumentou na decisão de prender o jogador que existia o risco de fuga, uma vez que o atleta não mora mais na Espanha e tem recursos financeiros para sair do país a qualquer momento. Além disso, a Espanha não tem acordo de extradição com o Brasil.