O Ministério Público Federal (MPF) arquivou o inquérito que investigava irregularidades nas ONGs de Daniel Alves e Emerson Sheik. Elas estavam sendo apuradas por convênios com o Governo Federal.
Segundo a investigação, as ONGs eram suspeitas de receber cerca de R$ 6,2 milhões de verba pública de maneira irregular. O caso começou a ser investigado em 2021.
Arquivamento do inquérito
O caso foi levado a público pelo jornal Folha de São Paulo no ano passado, quando foi identificado que havia uma quantia em dinheiro reservada para ser transferida para as ONGs. O valor acabou não sendo repassado.
A principal suspeita do MPF era de que as organizações estavam inativas e foram assumidas pelos atletas a fim de escapar das exigências legais para o recebimento de verba pública. Uma das exigências é que a organização deve existir há pelo menos três anos para conseguir firmar contratos com o governo federal.
O ex-jogador Emerson Sheik adquiriu o Instituto Qualivida, hoje chamado de ONG Instituto Emerson Sheik, que existia há 26 anos. O orçamento reservado para ela foi alocado pelo deputado Hélio Lopes (PL) para instalação de núcleos esportivos no Rio de Janeiro, no valor de R$ 2,7 milhões. Sheik pediu o cancelamento do convênio e o valor não foi depositado.
Já a organização de Daniel Alves, o Instituto DNA, teve uma verba reservada por parlamentares do PL de R$ 3,5 milhões para a construção de quadras de basquete 3×3 na Bahia. A Secretaria Nacional de Esportes não fez o repasse quando soube das investigações.
As assessorias dos jogadores não se pronunciaram sobre o caso.