A expectativa era de que as estrelas que partiram para o Oriente Médio dominassem, porém, a situação não é exatamente como previsto.
A entrada da Liga Saudita no mercado de transferências europeu nesta janela causou uma revolução no mundo do futebol. A decisão de Cristiano Ronaldo de se juntar ao Al Nassr em janeiro foi o precursor de tudo isso e, agora, alguns dos melhores jogadores da Europa seguiram o exemplo, mudando-se para o Oriente Médio em busca de “novos desafios”.
Muito do debate em torno dessa significativa migração está focado em questões fora das quatro linhas, como valores de transferência, salários e oportunidades comerciais. Entretanto, agora que a temporada finalmente começou, as atuações dessas estrelas têm sido, no mínimo, surpreendentes. Benzema, Sadio Mané e Riyad Mahrez eram esperados para brilhar na Pro League.
Porém, em vez disso, as estrelas importadas estão vivendo realidades diferentes. Possivelmente, o aspecto mais surpreendente disso tudo são os notáveis problemas nos vestiários e nos bastidores, que não seriam difíceis de imaginar, dada a atenção trazida pelas chegadas tão comentadas.
Veja exemplos
Um exemplo claro dessa tensão reside na dificuldade de relacionamento entre Benzema e o técnico Nuno Espírito Santo no Al Ittihad. Pouco antes de se juntar ao clube, o jogador francês expressou o desejo de usar a braçadeira de capitão, porém, Nuno recusou essa solicitação, mantendo-a com o brasileiro Romarinho, ex-Corinthians.
Quando questionado sobre suas primeiras impressões no novo país após marcar seu primeiro gol pelo Al Ahli, Mahrez brincou em uma entrevista pós-jogo, dizendo que estava “muito quente”. Na verdade, o clima tem sido um fator que não traz muitas alegrias para os jogadores.
Durante o mês de agosto, as temperaturas no Golfo Pérsico podem atingir até 49°C e raramente caem abaixo dos 30°C. O grande destaque da divisão, Ronaldo, também tem enfrentado desafios neste início de sua trajetória na Arábia Saudita.