Um dos pilares da Seleção Brasileira de 1994, o volante Mauro Silva teve uma bela carreira com a Amarelinha, mas acabou no fim de sua passagem pelo Brasil tendo um grande problema, principalmente em 2001, quando na Copa América que foi disputada na Colômbia e o jogador se recusou a viajar com o elenco.
A justificativa usada foi a crise civil que o país vivia no momento, tendo ocorrido um atentado dois dias antes do início do torneio, que deixou 12 mortos e alguns feridos, entre eles o técnico colombiano, mas por pressão da FIFA e patricinadores a competição foi confirmada. Por isso, Mauro Silva não viajou por não compactuar com a continuidade do torneio.
“Quis mostrar a minha revolta com o fato de os interesses políticos e econômicos falarem mais alto. Se, há uma semana, a Colômbia não tinha condições de realizar a Copa América, por que agora tem? O que mudou? Foi pressão dos investidores? O interesse daqueles que teriam prejuízo com o cancelamento da Copa América é mais importante do que a vida humana?”, disse o ex-jogador.
“É preciso mudar a postura com o futebol. Há muita gente utilizando o nosso esporte por interesses políticos e pessoais. Não sei se a minha decisão isolada vai valer alguma coisa, mas cada um tem que fazer a sua parte”, concluiu.
O jogador teve uma extensa carreira na Europa, sendo multicampeão no La Coruña da Espanha, onde chegou a figurar entre os melhores do mundo. Veja os títulos e carreira do jogador:
Bragantino
Campeonato Paulista: 1990
Torneio Amizade: 1992
Deportivo La Coruña
Copa do Rei: 1994–95 e 2001–02
Supercopa da Espanha: 1995, 2000 e 2002
Troféu Juan Acuña: 1998, 1999 e 2000
La Liga: 1999–00
Troféu Teresa Herrera: 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004
Seleção Brasileira
Copa do Mundo FIFA: 1994
Copa América: 1997
Prêmios individuais
Bola de Ouro da revista Placar: 1991
Bola de Prata da revista Placar: 1991 e 1992
9º melhor jogador do Mundo pela FIFA em 1994