Em setembro de 2003, o Corinthians precisou dar o Parque São Jorge como garantia ao então jogador Luizão, que cobrava do clube cerca de R$7 milhões referentes a pagamentos de direito de imagem que não haviam sido pagos pelo jogador. A Justiça do Trabalho, então, penhorou o estádio.
Um ano antes, em 2002, o atacante entrou na Justiça para deixar o clube paulista, afirmando que estava há três meses sem receber. Na época, a advogada de Luizão, Gislaine Nunes, disse que ele não jogaria, treinaria ou apareceria mais no Parque São Jorge. O jogador, então, se transferiu para o Grêmio e logo depois para o Hertha Berlim.
Como a Justiça já havia dado ganho de causa a Luizão, caso o Corinthians não conseguisse recurso ou não pagasse a dívida, o Parque São Jorge iria a leilão. Segundo a advogada Gislaine Nunes, o estádio na época era avaliado em R$16 milhões, mais que o suficiente para cobrir o que o clube devia ao atacante.
Corinthians vivia grave crise financeira
Além de Luizão, o Corinthians, devia direitos de imagem ao técnico Geninho, ao lateral-direito Rogério e ao volante Vampeta, além de R$537 mil à Receita Federal. Na época, o Timão tinha um parceiro econômico, a empresa Hicks Muse (ou HMTF), que bancava algumas contratações e salários, como no caso de Luizão.
O clube foi, inclusive, acusado de sonegação fiscal pela Justiça do Trabalho, junto do próprio Luizão. Esta considerou o direito de imagem como “salário camuflado” e apontou a sonegação, que nunca foi comprovada.