Corinthians não dá conta de segurar e meia dúzia pode sair

A crise no Parque São Jorge atingiu um novo patamar, considerando que a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso ‘VaideBet’ e indiciou o presidente do Corinthians, Augusto Melo. O mandatário alvinegro é acusado de envolvimento em associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro, algo que deixa a equipe paulista em alerta.

Segundo o repórter Luis Fabiani, que cobre o dia a dia do clube, seis integrantes da atual diretoria se reuniram e tomaram uma decisão drástica: entregarão seus cargos se Augusto Melo não renunciar à presidência do Corinthians. Outros nomes também surgem como suspeitos na investigação e levantam ainda mais preocupação nos bastidores do clube.

Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e o empresário Alex Fernando André, mais conhecido como Cassundé, aparecem diretamente ligados ao escândalo. Uma reportagem da CNN revelou detalhes de um relatório elaborado pelo delegado Tiago Fernando Correia, responsável pelo caso.

Torcedores do Corinthians acompanham determinações de perto

O documento mostra que parte do valor proveniente do patrocínio do Corinthians foi transferido por Cassundé até chegar a uma conta bancária ligada ao PCC. O valor que chegou à conta da UJ Football Talent Intermediação, empresa mencionada em delação feita por Vinícius Gritzbach, morto em novembro de 2024 no Aeroporto de Guarulhos, ultrapassa os R$ 870 mil.

Ainda segundo o delegado, Cassundé esteve fisicamente no Parque São Jorge no mesmo dia em que iniciou os repasses das comissões à empresa de fachada. A confirmação da presença de Cassundé na sede do clube foi feita através do sistema ERB (Estação Rádio Base), tecnologia utilizada em investigações para rastrear celulares por meio de antenas telefônicas.