O Corinthians está negociando um de seus principais nomes com o Orlando Pride, dos Estados Unidos. Trata-se da atacante Adriana, de 26 anos, que foi vendida por cerca de 100 mil dólares (algo em torno de R$ 513 mil reais na cotação atual). A agora ex-atleta do Corinthians se despediu das “Brabas” pelas redes sociais e assinou por três anos com a equipe americana.
Multicampeã com o Timão, Adriana estava no Corinthians Feminino desde 2018 e vestiu a camisa alvinegra em 143 partidas. Ao longo de cinco temporadas, ela soma 116 vitórias, dezoito empates e apenas nove derrotas.
Adriana marcou 72 gols pelo Corinthians e esteve presente nas conquistas de nove títulos (a Supercopa 2022; os Brasileiros de 2022, 2021, 2020 e 2018; a Libertadores de 2021 e os Paulistas de 2021, 2020 e 2019).
O Corinthians deve receber ainda mais um montante, caso Adriana seja convocada pela técnica Pia Sundhage para a Copa do Mundo Feminina, que ocorre entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) paga às equipes que liberam jogadoras um valor próximo a 20 mil dólares, o que garantiria ao Timão mais de 100 mil, além dos 500 da negociação. Foi acordado entre as partes que o clube paulista ficaria com esse valor.
Goleadora, Adriana foi artilheira do Corinthians Feminino no Brasileirão e vice na temporada 2022, com 12 gols marcados em 29 partidas disputadas. Ela também foi eleita a melhor atacante do Campeonato Brasileiro Feminino do ano passado. A negociação da jogadora é uma das maiores do futebol feminino brasileiro, em questão de valores.
Entenda o sucesso do projeto do Corinthians para o futebol feminino do clube
Com a venda de Adriana, o Corinthians considera ter feito a maior negociação da história de um clube brasileiro no futebol feminino, por 100 mil dólares (R$ 513 mil, aproximadamente).
Do que se tem registro, a maior negociação do futebol feminino no mundo aconteceu na venda de Keira Walsh, do Manchester City, da Inglaterra, para o Barcelona, da Espanha, por 400 mil euros (ou 350 mil libras esterlinas), em setembro do ano passado. Na cotação atual do real, esse valor corresponderia a R$ 2,2 milhões ou U$$ 433 mil.
Se usados os valores em dólares dos negócios feitos por Corinthians e Manchester City com Orlando Pride e Barcelona, respectivamente, o Timão atingiu 23% do valor da maior negociação da história do futebol feminino.
Assim, o Corinthians considera ter entrado num mercado ainda pouco explorado no Brasil, de ter boa renda com a negociação de suas próprias atletas. A médio prazo, o objetivo é tornar a modalidade totalmente autossustentável no clube.
Com um projeto ativo desde 2016, o Corinthians tem atletas com vínculo profissional em seu plantel e, aos poucos, começa a mudar a mentalidade de contratos curtos com as jogadoras para também se proteger de eventuais saídas ao fim das temporadas.