Corinthians encerra ciclo e rescisão de contrato pega a torcida de surpresa
Não há nada no Corinthians, que já esteja ruim, que não possa piorar. Em meio aos escândalos policiais e políticos em que o clube está inserido, o Timão divulgou uma nota oficial, na última semana, anunciando o fim do contrato com a empresa Bepass, que havia sido contratada para implantar o sistema de reconhecimento facial na Neo Química Arena.
A rescisão, contudo, foi amigável e sem custos para o alvinegro, conforme explicou o presidente interino, Osmar Stabile – que agradeceu à empresa pela compreensão diante da atual fase delicada da implementação da tecnologia. Apesar de já ter realizado investimentos, a Bepass optou por concordar com a rescisão, como informou seu CEO, Ricardo Cadar.
Corinthians confirma fim de contrato com empresa de biometria facial e retoma polêmica parceria
A saída da Bepass ocorre pouco antes de entrar em vigor a exigência prevista na Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), que determina que estádios com capacidade superior a 20 mil pessoas adotem sistemas de biometria facial, a partir do dia 14 de junho. Para atender à nova demanda dentro do prazo, o Corinthians pretende retomar o projeto com a LigaTech.
A LigaTech, que já possuía equipamentos e estava em fase avançada de testes no projeto de biometria, teve seu contrato encerrado pela gestão de Augusto Melo, apesar de alertas do setor de compliance sobre riscos envolvendo a Ticket Hub, cuja nota de compliance indicava alto risco e ligações com o empresário Bruno Balsimelli, citado em 23 processos judiciais.
O possível retorno da LigaTech está sendo liderado por Marcelo Munhoes, chefe de tecnologia da informação do clube, que avalia a empresa como a mais viável no momento – tanto pela familiaridade com a estrutura da arena quanto pelo custo-benefício. Outras opções, como a Imply, foram descartadas devido ao alto custo e à necessidade de começar o projeto do zero.