Conheça a história do campeão da Libertadores que beijava um animal curioso antes de cada jogo

Principal torneio de futebol da América do Sul, a Libertadores é cercada de muita mística, superstições e bizarrices. Essa última característica ficou evidente na edição de 1989. Naquele ano, o Atlético Nacional se tornou o primeiro clube da Colômbia a se sagrar campeão sul-americano. E, para muitos torcedores, a protagonista da campanha vitoriosa foi uma cobra apelidada de Leonela. Explicamos abaixo!

O animal era o bicho de estimação do meio-campista Leonel Álvarez, um dos principais nomes daquela equipe. Naquele momento da sua carreira, o jogador, que disputou as Copas do Mundo de 1990 e 1994 pela seleção colombiana, tinha por hábito dar um beijinho no réptil antes de cada partida.

O estranho hábito do volante foi transformado em ritual pelo técnico Franciso Maturana. Como Leonela estava dando sorte ao Atlético Nacional, ela tinha de estar presente em todos os jogos.

Por causa disso, durante a campanha da Libertadores-1989, Álvarez sempre entrava em campo com a cobra enrolada no pescoço. Depois, fazia um carinho no bichinho, dava um beijo e o entregava para que alguém o levasse de volta para o vestiário.

O ritual de sorte se manteve até a decisão do torneio, contra o Olimpia. Os colombianos perderam por 2 a 0 na primeira partida da final, no Paraguai, e conseguiram vencer pelo mesmo placar no confronto de volta.

Na decisão por pênaltis, após nove cobranças de cada lado, coube justamente a Álvarez, o dono da cobra, a honra da batida que definiu a série e deu ao Atlético Nacional o título inédito – o clube de Medellín voltaria a ser campeão em 2016.

Herói da Libertadores ainda rodou pelo futebol sul-americano antes de se tornar treinador

Logo após o título da Libertadores, o volante se transferiu para o América de Cali e depois jogou por times de Espanha (Valladolid), Estados Unidos (Dallas Burn e New England Revolution) e México (Veracruz). Curiosamente, sua cobra de estimação não foi vista em nenhuma dessas equipes.

Aposentado em 2004, ele emendou uma carreira de técnico e dirigiu equipes importantes do cenário sul-americano, como Cerro Porteño, Libertad, Once Caldas, Independiente Medellín e Deportivo Cali. Desde o começo do ano, o colombiano está à frente do Cienciano, tradicional clube do Peru.