COB se une a prefeitura e jogos Pan-Americanos podem vir para o Brasil
No recente panorama de eventos esportivos, a cidade de São Paulo está dando passos determinantes. Em um novo investimento, a cidade desembolsou R$ 1,8 milhão para transformar a Casa Brasil Santiago, um espaço de relacionamento operado pelo COB em Santiago, na “Casa São Paulo”. Este local pretende ser um ponto central para fortalecer os laços entre o governo municipal e o Movimento Pan-Americano.
Em um investimento inovador, o governo municipal planeja abrir um diálogo com a PanAm Sports, a organização que rege os Jogos Pan-Americanos. A entidade, atualmente sob a liderança do chileno Neven Ilic, será a anfitriã da próxima delegação do município, que partirá para Santiago amanhã.
Qual o objetivo da “Casa São Paulo”?
Esta iniciativa não é apenas um investimento financeiro, mas também uma aposta de São Paulo em seu futuro como cidade anfitriã de eventos esportivos internacionais. O objetivo principal da visita a Santiago é obter uma compreensão clara das responsabilidades e investimentos necessários para sediar os jogos pan-americanos em um prazo de oito anos.
No momento, São Paulo carece de alguns equipamentos esportivos especializados. A cidade não possui velódromo, pista de BMX ou canal de canoagem de velocidade. Além disso, outras instalações, como a raia da USP, estão ultrapassadas e as piscinas olímpicas públicas estão inoperantes. Em contrapartida, a cidade ostenta boas pistas de atletismo, mas estas têm arquibancadas e infraestrutura de pequeno porte.
Quais as vantagens da candidatura de São Paulo?
Apesar de seus desafios atuais, a cidade de São Paulo tem um histórico de sediar eventos internacionais, incluindo os Jogos Pan-Americanos em 1963. No entanto, já fazem 12 anos desde que a cidade sediou seu último evento internacional – o Mundial de Handebol Feminino de 2011. Desde então, a cidade apenas recebeu eventos nacionais e, ocasionalmente, continentais.
A candidatura de São Paulo também pode ser um meio do Brasil retomar sua relevância no cenário internacional do esporte olímpico, depois do afastamento de Carlos Arthur Nuzman em 2016. Vale ressaltar que a realização de grandes eventos costuma abrir oportunidades neste sentido, tornando-se uma maneira estratégica de reposicionar a cidade e, consequentemente, o país, no cenário mundial dos esportes.