Passaram-se mais de duas décadas desde que os campos de Mar del Plata reverberaram com as emoções do clássico entre Aldosivi e Alvarado. Depois de 27 anos de silêncio, os dois rivais argentinos estão preparados para se enfrentarem de novo. Mas, por que esse confronto é conhecido como o “clássico proibido”?
O último embate entre os dois times ocorreu no dia 10 de agosto de 1997 durante o Torneio Marplatense. Infelizmente, o clima festivo transformou-se rapidamente num cenário de violência. Logo aos 30 minutos do início do jogo, confrontos eclodiram no estádio e nas ruas circundantes, resultando na queda de um muro do estádio.
A partida foi interrompida devido ao lançamento de gás lacrimogêneo que obrigou os jogadores a abandonar o campo. Este evento marcou a história, transformando o Aldosivi x Alvarado num “clássico proibido”. Desde então, as autoridades esquivaram-se da organização deste confronto, mesmo considerando a possibilidade de inclui-lo nos tradicionais torneios amistosos de verão, com receio das potenciais reações violentas.
Estádio icónico em deterioração
A deterioração do estadio José María Minella contribuiu também para essa proibição. Com a sua arquibancada principal fechada desde 2021 devido ao risco de desmoronamento, este espaço desportivo histórico, que acolheu três partidas da seleção brasileira durante a Copa do Mundo de 1978, encontra-se gravemente danificado.
Apesar dos desafios, o Minella, que habitualmente acolhe as partidas de ambos os times, é o local previsto para os próximos clássicos de 2024, dependendo da autorização da polícia local. Ao longo da história, Aldosivi e Alvarado enfrentaram-se 88 vezes, com 34 vitórias para o Aldosivi, 31 para o Alvarado e 23 empates.
Iniciando o confronto em 1954, os clubes passaram a maior parte do tempo nas ligas regionais de Mar del Plata, e a rivalidade intensificou-se principalmente a partir de 1988, com a interferência das torcidas. Apesar de toda a rivalidade e desafios, Aldosivi e Alvarado estão finalmente prontos para se enfrentar mais uma vez, escrevendo um novo captítulo na história do “clássico proibido” da Argentina.