A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), toma a decisão de manter o diálogo com a FIFA e inserir a Interpol nas investigações de manipulações em jogos da Série A e B do Brasileirão. A entidade sugere que a inclusão da organização internacional na operação pode trazer grande auxílio às autoridades do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investigam o envolvimento de jogadores em esquemas de apostadores.
De acordo com o jornal O Globo, o objetivo da CBF é implementar um sistema internacional, com a inserção da Interpol e outras autoridades estatais na investigação, de maneira que as autoridades tenham o poder de quebrar sigilos e outras medidas.
A ideia da entidade máxima do futebol brasileiro é que esses sigilos sejam quebrados da forma que aconteceu com Ministério Público de Goiás após a primeira denúncia, no Vila Nova.
A Operação Penalidade Máxima II, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás, já conta com 35 nomes de investigados ou citados, segundo as últimas atualizações do caso. Entre os quais, incluem nomes de jogadores que atuam até fora do Brasil.
Quem é a Interpol?
A INTERPOL é a sigla da Organização Internacional de Polícia Criminal, que é responsável pela criação de uma central de informações que une as polícias dos Estados-membros. Portanto, a corporação forma uma polícia internacional com uma base de dados mundial que investiga crimes transnacionais, como o terrorismo, os cibercrimes, o tráfico internacional de pessoas, entre outros atos criminosos.
Nesta quarta-feira (10), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse em reportagem ao “GE” que instaurou um inquérito na Polícia Federal para investigar as suspeitas de manipulações de resultados em jogos da Série A e B do Brasileirão, e revelou quais serão os próximos passos do judiciário brasileiro.
“São fato graves, onde há indícios de combinação e atos contrários ao esporte, com repercussão interestadual e internacional. Essa manipulação pode configurar vários crimes, como o de estelionato. A polícia federal vai aproveitar outras investigações existentes, para que a gente faça uma repressão rápida, uniforme e eficaz, para que haja segurança em relação a ética no esporte no Brasil”, pontuou Flávio Dino ao “GE”.
Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues já havia enviado ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando a entrada da Polícia Federal nas investigações, para assim a apuração ser mais centrada e eficaz no caso.