O Brasileirão com mais polêmica na história, em 1987, aconteceu por conta de uma desistência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em organizar o torneio. Com a falta de capacidade para organizar o torneio, o Clube dos 13 como era conhecido os gigantes do Brasil se organizaram para disputar um campeonato à parte.
No entanto, a CBF foi muito pressionada pelos outros clubes que ficaram de fora da “panela” e com isso criou o módulo Verde e o módulo Amarelo com os clubes que seriam da Série A e B respectivamente. Com o fim dos pontos corridos ficou estabelecido um quadrangular entre as equipes e que acbou não sendo acatado pelo Flamengo e Internacional, campeão e vice do módulo Verde.
Dentro de campo, o Flamengo faturou o Módulo Verde, fez uma grande festa “de campeão”, e o caso foi mesmo parar longe dos gramados, no tal “Conselho Arbitral” – a contragosto da CBF, que precisou ser intimada para convocar a reunião. Porém, o Clube dos 13 (C13) – que contava com o apoio da opinião pública, e pensava estar acima do bem e do mal na questão da organização do futebol – não havia se atentado a todas as “regras” para conseguir o que pleiteava, e acabou surpreendido.
Como a CBF havia feito todas as devidas notificações sobre o regulamento de 1987 – incluindo as ressalvas – ao CND, qualquer alteração que fosse contrária aos desejos da entidade máxima do futebol nacional precisaria ser aprovada por unanimidade, e não apenas pela maioria dos votos qualitativos.
Sendo assim, o C13 obteve a maioria dos votos – como era esperado -, mas por conta dessa obrigatoriedade – endossada através de liminares da CBF e do próprio Sport do Recife, apresentadas na mesma reunião -, ficou confirmada a necessidade do cruzamento entre os módulos para se definir o campeão brasileiro.
Portanto, pelo fato de não terem ido disputar o quadrangular, Sport e Guarani fizeram a final do torneio com o time pernambucano se sagrando campeão.