Após eliminação precoce da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina, a CBF anunciou a demissão da técnica sueca Pia Sundhage nesta quarta-feira (30). Ela tinha contrato até o fim dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Além da treinadora, seus auxiliares Lilie Persson e Anders Johansson deixam os cargos.
Pia fora da seleção feminina
Pia foi até a sede da CBF durante a tarde para uma reunião com o presidente Ednaldo Rodrigues. A entidade aguardava a treinadora após um período de férias na Suécia.
Durante esse período, a CBF iniciou uma reformulação do departamento do futebol feminino. Logo, a permanência da treinadora no cargo era praticamente remota.
O estopim para a demissão foi o péssimo desempenho da seleção no Mundial da Austrália e Nova Zelândia. A equipe foi eliminada na fase de grupos do torneio, o que não acontecia desde 1995, após empate contra a Jamaica na última rodada.
O Brasil terminou a Copa do Mundo na 18ª posição, seu pior desempenho na história. Pia também recebeu várias críticas sobre sua metodologia de trabalho e algumas escolhas durante o ciclo de Copa e no próprio Mundial.
A sueca estava no cargo desde 2019 e acumulou 58 jogos, com 36 vitórias, 12 empates, dez derrotas e um título (Copa América 2022). Ela teve 62% de aproveitamento, marca superior aos últimos cinco técnicos anteriores.
A CBF emitiu uma nota oficial informando a demissão de Pia e que vai anunciar a nova comissão técnica para o ciclo de Olimpíadas e Copa do Mundo nos próximos dias. Arthur Elias, do Corinthians, é o favorito para assumir o cargo.
“Encerramos a partir de hoje o trabalho de Pia com a CBF. Quero agradecer a ela e a todos aqueles que conviveram e fizeram parte da comissão técnica da seleção brasileira feminina de futebol, que participou da Copa do Mundo feminina Fifa 2023. Pia trouxe também, nesse período de 2019 até aqui, um trabalho que, para a CBF e para o futebol brasileiro como um todo, foi muito importante. Desejamos a ela, em seus novos desafios, todo o sucesso”.