A CBF divulgou nesta quarta-feira (17) um estudo do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQI+ sobre casos de homofobia no futebol. O relatório aponta que ocorreram 74 casos de homofobia no futebol brasileiro em 2022.
O estudo realizado anualmente pelo Coletivo evidenciou um aumento de 76% de casos de homofobia em relação ao observatório anterior. Em 2021, o número de 42 ocorrências.
Homofobia no futebol brasileiro
O relatório do Coletivo leva em consideração todos os agentes envolvidos no futebol, seja dentro ou fora de campo. As ofensas podem ir desde xingamentos e cantos de torcidas até comentários ofensivos em redes sociais.
A CBF firmou parceria com a organização no ano passado e desde então vem adotando políticas de combate à homofobia no futebol brasileiro. Essa é uma das prioridades do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
“O trabalho mostra uma triste realidade, que estamos lutando para acabar no futebol. A CBF vai sempre combater os preconceitos e trabalhar para que o futebol seja um lugar de inclusão”, disse Ednaldo
A entidade máxima do futebol brasileiro também adotou medidas mais rígidas para punir clubes e organizações que tiveram atitudes homofóbicas. Agora, os clubes podem ser punidos esportivamente por causa de discriminações.
Por fim, o Coletivo destaca a importância de combater a homofobia nos esportes, especialmente no futebol. “Há clubes que já detectaram isso e trabalham o tema com seus jogadores, funcionários e torcedores. Mas ainda é insuficiente. A LGBTfobia é um mal social que se alastra em todos os ambientes, em especial no futebol”, explicou Onã Rudá, fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQI+.
Veja o comunicado oficial da CBF sobre o estudo: