Um dos casos mais famosos de adulteração de idade no futebol brasileiro envolveu o São Paulo e o jogador Sandro Hiroshi, e teve um impacto significativo no campeonato nacional. Em 1999, após iniciar sua carreira no Rio Branco-SP, Sandro foi contratado pelo Tricolor Paulista e atuou no Brasileirão daquele ano.
No entanto, foi descoberto que Sandro havia sido registrado com uma certidão de nascimento adulterada. Sua data de nascimento verdadeira era 19/11/1979, mas o documento indicava o ano de 1980. O STJD puniu o jogador com uma suspensão de 180 dias quando o caso veio à tona.
O Botafogo e o Internacional, por sua vez, entraram com uma ação no tribunal buscando os pontos das partidas que haviam disputado contra o São Paulo. O Botafogo recebeu três pontos referentes à derrota por 6 a 1, enquanto o Internacional obteve dois pontos após um empate em 2 a 2.
No entanto, a atribuição dos pontos ao Botafogo resultou no rebaixamento do Gama naquela temporada, já que o critério de descenso considerava a média dos dois últimos campeonatos. O clube de Brasília levou o caso à justiça comum contra a CBF e saiu vitorioso, levando a confederação a abrir mão da organização do campeonato em 2000.
O Clube dos 13 assumiu a liderança do Brasileirão, criando a Copa João Havelange naquele ano, que foi vencida pelo Vasco da Gama. Sandro Hiroshi se aposentou em 2013, atuando pelo Rio Branco. Em sua carreira, também acumula passagens por Flamengo, Figueirense, Guarani e Santo André.