O ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Junior, o Casão, sempre polêmico, não mediu as palavras novamente quando o assunto é o aumento do número limite de jogadores estrangeiros nas equipes da Série A do Campeonato Brasileiro, que passou de cinco para sete após autorização da CBF. Casão criticou a medida porque isso retiraria espaço para a ascensão de jovens das categorias de base.
“Sou contra aumentar para sete estrangeiros por time, eu acho absurdo. Até porque se você fizer um balanço dos estrangeiros no Brasil, pouco mais da metade não valem a pena, tem muitos que ocupam o lugar de um jogador brasileiro ou da base de um time e ele não é melhor. Sou contra a contratação de estrangeiros em quantidade, sou a favor de contratar em qualidade”, analisou Casão.
Na visão de Casagrande, o excesso de jogadores estrangeiros no futebol nacional pode atrapalhar a aparição de novos talentos. Ele deu como exemplo a Itália, que ficou fora das duas últimas Copas do Mundo.
“Tem ótimos estrangeiros que fazem seus times darem saltos de qualidade, mas tem muitos que ficam no banco ou não são relacionados e ocupam a vaga de um garoto, por exemplo. Sou contra isso, cinco já era demais. A Itália não se classificou para a Copa de 2018 por isso”.
Casagrande também desaprova novo Mundial de Clubes: ‘Não tem data para isso’
A Fifa divulgou o novo formato do Mundial de Clubes, que acontecerá no meio do ano e terá 32 times a partir de 2025. Casão desaprovou o modelo e criticou a sobrecarga aos jogadores.
“Não tem data, não tem tempo, vai ocupar espaço de competições mais importantes para os times europeus. Eles vão para esse Mundial de hoje porque são dois jogos. Junho e julho são as férias do futebol europeu, aí vão jogar o Mundial nas férias, vão voltar e começar o campeonato nacional, Champions, depois tem Copa, Eurocopa, o que eles querem fazer com o jogador?”, questionou Casagrande.