Se hoje em dia as seleções e grandes times do futebol se acostumaram com estruturas exemplares e caras, além das viagens feitas da forma mais confortável possível para um compromisso, antigamente não era bem assim. O Brasil já viajou para uma Copa do Mundo de navio, em 1934.
Na ocasião, a sede era a Itália. O Brasil atravessou o oceano por 15 dias para chegar à Europa. Nesse meio tempo, os jogadores engordaram muito, o que foi um entrave na disputa da competição. Eles não conseguiram recuperar a forma física a tempo.
Pior campanha do Brasil em Copas
A edição da Copa de 1934 foi disputada no formato de mata-mata. O Brasil enfrentou a Espanha no primeiro jogo, nas oitavas de final, e não viu a cor da bola. Os espanhóis abriram o placar e a seleção brasileira teve um pênalti a seu favor, mas o goleiro Zamora defendeu. Isso abalou os ânimos. O resultado final foi 3 a 0 para a Espanha.
Essa foi a pior campanha do Brasil na história das Copas, com uma derrota em um jogo. Algo que também foi fruto da discussão que a CBD (Confederação Brasileira de Desportos, a CBF da época) tinha em relação a profissionalização do futebol – algo que a instituição era contra.
O amadorismo era o preferido pela entidade. No entanto, além de ser um modelo contratual, os processos na seleção realmente eram amadores. No papel, Luís Vinhais era o treinador, mas quem exercia o cargo era Carlito Rocha, que estava inscrito como árbitro e não poderia ficar à beira do campo.