O Grêmio tem atraido muitos torcedores para sua Arena após a contratação de Luis Suárez. No entanto, a arrecadação não está sendo revertida em investimentos para o estádio. De acordo com o jornal Zero Hora, o motivo é o imbróglio envolvendo a construtora Metha, ex-OAS.
Os bancos Banrisul, Banco do Brasil e Santander estão buscando na Justiça o pagamento de R$ 226,39 milhões referentes à construção do estádio. Essa quantia foi financiada pelas instituições financeiras para custear uma parte das obras. A dívida tem sido quitada através de descontos nas receitas geradas pela Arena.
O colunista Jocimar Farina explicou a situação em entrevista ao Sala Redação, da Rádio Gaúcha. “Tudo depende de quem faz a gestão do estádio e qual é o acordo que tem com o Grêmio, hoje o acordo do Grêmio é com a Arena Porto Alegrense”, iniciou.
Anualmente, a empresa declara um investimento de R$ 2 milhões na manutenção do gramado. Além disso, despende anualmente um montante de R$ 6 milhões para cobrir os custos com energia elétrica.
“A partir do momento que não existe mais a Arena Porto Alegrense, quem é que assume a gestão do estádio é a Karagounis e a OAS 26. Quando isso acontecer, o Grêmio precisará negociar com a Karagounis e a OAS 26 para jogar no estádio, ele não tem esse direito com ele”, completou.
Apenas no mês de agosto, a Arena Porto-Alegrense despendeu R$ 6 milhões em despesas de manutenção. O valor excedente foi direcionado para quitar os compromissos financeiros com os bancos. O jornalista Pedro Ernesto questionou se, no caso de penhora, o Grêmio pode ser o único comprador. Jocimar respondeu:
“Eu já ouvi que tem outros interessados, dos mais vários tipos. Eu já ouvi sim que a Karougonis e OAS 26 foi procurada pra que aquela região pudesse ser utilizada, mas não se concretizou. Mas houve sim o interesse, não pelo estádio, usando a estrutura. Isso não avançou, mas haveria a possibilidade sim e houve a procura”.