Botafogo, Cruzeiro e Vasco. O caminho de vender parte da sociedade anônima de futebol (SAF) a empresas ou empresários é uma tendência no futebol brasileiro. E o Atlético-MG pode começar a seguir por este caminho.
De acordo com o ‘ge’, a intenção do Galo é fazer a migração para a Lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ainda em 2022. Para isso, o assunto precisaria ser discutido formalmente no Conselho Deliberativo. Só depois, haveria a separação do Galo como associação civil – clube social – e o departamento de futebol comandado pela SAF.
A intenção da diretoria do Atlético-MG é que o departamento de futebol seja vendido para uma empresa internacional considerada “forte”. Segundo a lei, o clube precisaria manter ao menos 10% da SAF, e pode vender quanto quiser acima de 10%. No entanto, os investidores sempre querem controle majoritário, o que significa comprar ao menos 50,1% das ações.
Algumas empresas já fizeram sondagem. Ainda segundo a publicação, a Dell, multinacional de tecnologias, consultou a situação. Até mesmo o Grupo City teve interesse.
Atlético-MG poderia renegociar dívidas
O Atlético-MG tem a maior dívida do futebol brasileiro, com R$ 1,315 bilhão. Uma das vantagens de aderir à SAF é a redução de parte onerosa, que equivale a quase R$ 600 milhões da dívida, relacionadas a cobranças judiciais e trabalhistas, ,adotando o “regime centralizado de execuções”.
“De maneira geral, quando um clube vira SAF, ele tem duas etapas no processo de recuperação. A primeira é renegociar dividas cíveis e trabalhistas por meio do que eles chamam de regime centralizador de execuções. Eles pegam todos os credores e renegociam em até 10 anos com até 30% de desconto. Em uma segunda fase é importante conseguir investimento. Conseguir um investidor que chegue com dinheiro de fora do futebol para aportar e acelerar esse processo de recuperação”, afirmou o jornalista econômico Rodrigo Capelo, do ge.