Após fechar o ano de 2021 com superávit de R$101 milhões, o Atlético Mineiro começa 2022 com o pé direito na tentativa de equilibrar suas contas. Com a venda de sua porcentagem do Shopping Diamond Mall, em Belo Horizonte, aprovada por decisão quase unânime na última terça-feira, e estimada em mais de R$300 milhões, o presidente do clube se diz animado com os rumos que o clube está tomando.
A primeira parte do shopping já havia sido vendida por R$250 milhões para contribuir com custeio da Arena MRV, futuro estádio do galo. Em entrevista ao Superesportes, o vice-presidente José Murilo Procópio se diz esperançoso em diminuir em pelo menos 50% as dívidas bilionárias que o clube contraiu devido a juros altos ao longo de sua história mais recente.
Quem vai comprar o shopping do Galo?
Já existem algumas propostas para a compra, mas nada concreto. Sabe-se apenas que a dona da outra metade do imóvel tem prioridade na negociação. O clube garantiu que os recursos serão advindos da venda serão aplicados integralmente para reduzir a dívida onerosa do clube, que rendeu R$ 87 milhões em juros e encargos somente no ano de 2021. A reunião do Conselho Deliberativo do Atlético também aprovou o adiantamento de recursos para o término da construção da arena MRV.
Ricardo Guimarães, ex-presidente do clube, se mostrou favorável à venda de 49,9% do Diamond Mall. Ele é também um dos mecenas do Atlético, e lamentou a perda de um patrimônio, mas disse que é “para o bem” do clube. Como Rafael Menin bem pontuou, os juros da dívida acabariam com o patrimônio do time em poucos anos. É uma ação que tem em vista o longo prazo, coisa que, por exemplo, comprar um excelente jogador não proporcionaria.