A nova era do futebol feminino espanhol começa em meio a tensões e incertezas significativas. A primeira convocação do técnico Montse Tomé, recém nomeada para liderar a seleção Espanhola, foi recebida com extensa polêmica, pois confirmou a ausência das campeãs do mundo em sua convocação.
De acordo com relatos da imprensa espanhola, as jogadoras ainda persistem na decisão de renunciar à seleção nacional como forma de protesto. Essa situação resulta, em grande medida, dos polêmicos incidentes que marcaram a celebração do título mundial 2023.
Por que as campeãs se ausentam da seleção?
No cerne da polêmica encontra-se a controversa figura de Luis Rubiales, então presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). Durante a comemoração do campeonato mundial, Rubiales protagonizou um episódio que causou desconforto e gerou a indignação das jogadoras ao beijar a jogadora Jenni Hermoso.
Como consequência, as 23 campeões mundiais, juntamente com outras jogadores que também assinaram o comunicado, anunciaram sua renúncia à seleção, mantendo-se firmes em sua decisão até o momento.
Quais desafios a nova selecionadora enfrenta?
Montse Tomé, a nova selecionadora, tem agora a tarefa desafiadora de formar uma equipe competitiva sem a presença das campeãs mundiais. A Espanha tem compromissos marcados contra a Suécia (22 de setembro) e a Suíça (26 de setembro), na estreia na Liga das Nações feminina.
Os eventos recentes colocaram em foco a necessidade de maiores mudanças e melhorias na RFEF. Por sua vez, as jogadoras exigem que essas mudanças sejam feitas antes de considerarem retornar à seleção.
Um comunicado da equipe é esperado em breve, explicando as razões para permanecerem fora da seleção e detalhando as mudanças que desejam ver implementadas na RFEF. Por enquanto, tudo indica que a estrada para a normalidade na seleção espanhola de futebol feminino será longa e desafiadora.