No último sábado (01), Ferreirinha, atacante do Grêmio, postou em sua conta Instagram um bilhete de uma aposta de R$ 500 reais que presume ter sido a favor do Tricolor Gaúcho. E esse post do jogador foi publicado antes da equipe gremista entrar em campo, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Gaúcho, diante do Caxias.
Por conta desta atitude do atleta, a CBF decidiu acionar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) contra jogadores ou quaisquer outros profissionais de futebol atuantes em competições promovidas pela entidade máxima do futebol brasileiro.
Por ora, a CBF trabalha para tomar todo o conhecimento de eventuais infrações, em suas competições, para posteriormente formalizar as denúncias. É importante destacar que o STJD tem autonomia para indiciar atletas, independente da CBF, caso o órgão flagre jogadores efetuando apostas em jogos de competições nacionais.
O que dizem a Federação Gaúcha de Futebol e o Grêmio sobre o caso Ferreirinha?
Responsável pela organização do Gauchão, a FGF relatou que tomou conhecimento do caso após sua repercussão na imprensa. Mas frisou que o regulamento possui mecanismos para coibir apostas em suas competições e evitar fraudes nos resultados.
Enquanto a entidade do futebol gaúcho esclareceu que qualquer atitude contra o atleta ficará a cargo do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), o Grêmio informou que está tomando as devidas providências em relação ao jogador e sua patrocinadora, Esportes da Sorte.
“O Grêmio, em consonância com as regras estabelecidas pelas organizações mundiais do futebol, no que tange à proibição de apostas esportivas e eventuais punições, como as regulamentadas pela Fifa, passa a emitir a partir desta segunda-feira (3/4) comunicado formal aos atletas e comissões técnicas, de todas as categorias, sobre nova norma que irá vigorar no clube nas relações de seus profissionais com essa modalidade de entretenimento”, disse o Tricolor.
As apostas de profissionais do futebol em jogos oficiais são proibidas pelo Código de Ética da Fifa. E os profissionais que não respeitarem as regras, podem ser multados em R$ 555 mil e proibidos de participar de qualquer esporte por três anos.